O governo de Honduras rejeitou nesta quarta-feira (04/05) o posicionamento tomado pelos Estados Unidos em relação à reforma energética promovida pela presidente Xiomara Castro, que busca subsidiar o custo da eletricidade no país.
Enrique Reina, secretário de Relações Exteriores e Cooperação Internacional de Honduras, respondeu nas redes sociais uma publicação da embaixadora dos Estados Unidos no país, Laura F. Dogu, que criticava a política energética.
O chanceler afirmou que “a reforma energética é urgente como forma de combate a uma situação herdada de corrupção e pobreza”, acrescentando que Honduras está “preocupado com a opinião equivocada sobre políticas internas” de Dogu, e que a posição “não contribui para as boas relações com os Estados Unidos”.
A embaixadora do país norte-americano, que assumiu o cargo com a retomada das relações diplomáticas entre os dois países em abril, disse que “a reforma energética é fundamental para o desenvolvimento econômico”, mas que há “preocupação com o efeito que a proposta terá sobre o investimento estrangeiro e a independência da agência reguladora”.
O maior acesso à eletricidade e à resolução da dívida acumulada pela Companhia Nacional de Energia Elétrica de Honduras (ENEE) são os eixos essenciais do decreto entregue ao Congresso Nacional na última segunda-feira (02/05) por parte do governo Castro.
Twitter/Xiomara Castro de Zelaya
Honduras está ‘preocupada com a opinião equivocada sobre políticas internas’ de Dogu
A proposta da presidente hondurenha envolve reforma estrutural no setor de eletricidade do país, incluindo revisões de contratos já existentes com geradores térmicos e eólicos, e a redução de preços da energia por quilowatt/hora.
(*) Com Telesur