O golpe que tirou Manuel Zelaya da presidência de Honduras é mais um capítulo na longa história de interferências militares no governo do país centro-americano. Leia um breve histórico feito pela da BBC Mundo.
1956: Em outubro, um golpe militar destitui o presidente Julio Lozano Díaz. É formada uma junta militar composta pelo general Roque J. Rodríguez, o coronel Héctor Caraccioli e o engenheiro Roberto Gálvez Barnes. A junta governa até 1957.
1963: Em outubro, o coronel Osvaldo López Arellano chega ao poder após liderar um golpe de Estado, depondo o presidente Ramón Villeda. Durante seu governo, ocorre uma guerra entre Honduras e El Salvador devido a um conflito migratório e uma disputa pelo traçado das fronteiras. Arellano governa até 1971 com um gabinete militar.
1972: Após um breve mandato de Ramón Ernesto Cruz, López Arellano perpetra novo golpe de Estado que o mantém no poder até 1975. Após um escândalo relacionado com o pagamento de um suborno por parte de uma empresa norte-americana, o coronel deixa o poder. Assume o coronel Juan Alberto Melgar Castro por decisão do Conselho Superior das Forças Armadas.
1978: Melgar é expulso da presidência após golpe militar. Um triunvirato formado por Policarpo Paz García, Domingo Álvarez Cruz e Amílcar Zelaya Rodríguez constitui a nova junta militar que governa Honduras até 1980. E que assina um tratado de paz com El Salvador.
Policarpo Paz García é presidente até 1982, após ser eleito pelos partidos políticos no Congresso. É substituído por Roberto Suazo Córdova, um liberal eleito nas urnas que forma o primeiro governo civil hondurenho em mais de um século. Contudo, a forte influência do exército na política do país não desaparece.
2009: Após quase 30 anos de ordem constitucional, um golpe militar tira do poder Manuel Zelaya Rosales. O Congresso aprova a designação de Roberto Micheletti como novo chefe de Estado até 2010.
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