Congressista peruano por mais de três décadas, o político Javier Diez Canseco Cisneros faleceu neste sábado (05/05) devido a um câncer fulminante no cólon, descoberto em fevereiro deste ano. Até hoje, Cisneros era considerado o principal porta-voz da esquerda do país.
Wikicommons
Nascido em uma família rica, Cisneros demonstrou desde a sua juventude que lutaria por ideais diferentes dos da elite peruana. Quando universitário, nos cursos de direito e sociologia, militou na “Vanguarda Revolucinária”. Durante a ditadura militar, foi exilado e morou na Argentina e na França.
Ao retornar, foi eleito ao Congresso do país pela primeira vez em 1978. Passou a ser conhecido do grande público peruano ao propor uma lei que permitia o voto para analfabetos. Desde então, só ficou de fora do Parlamento em 1992, quando o então presidente Alberto Fujimori fechou o órgão, e em 2006, para concorrer à Presidência.
Na década de 1980, Cisneros fundou com Francisco Soberón a Associação Pró Direitos Humanos e também denunciou diversos casos de corrupção.
Em novembro de 2012, porém, o político foi suspenso por 90 dias do Congresso peruano por supostamente violar o código de ética local ao propor uma lei que supostamente privilegiaria sua família. Cisneros, no entanto, não aceitou a pena e entrou com um recurso, que foi aceito pela Secretaria Técnica.
NULL
NULL