Redes sociais como Facebook e Twitter são usadas para difundir fotos falsas e vídeos descontextualizados de uma suposta descoberta do paradeiro do avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 8 de março. Na internet, hackers estão aproveitando o momento de interesse em escala mundial do misterioso caso do voo MH 370, que sumiu dos radares durante o trajeto entre Kuala Lumpur-Pequim com 239 pessoas a bordo.
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Vídeo diz que achou avião malaio apresentando imagem do Voo US Airways 1549 caiu no rio Hudson, em Nova York, em 15/01/2009
Por meio de links apelativos com títulos como “vídeo chocante”, “exclusivo” ou “últimas notícias”, golpistas atraem cliques que levam a imagens que alegam encontrar o Boeing 777 em lugares inusitados, como no Triângulo das Bermudas e até na lua. Em alguns casos, acrescentam que há passageiros vivos e salvos.
Outra tática para seduzir o internauta a compartilhar os links nas redes sociais é falsificar o crédito das imagens como material de apuração de veículos internacionais – como CNN e BBC – a fim de dar legitimidade à postagem.
Além disso, várias páginas destinadas a realizar orações para os passageiros ou a levantar fundos para as famílias dos desaparecidos foram criadas para desviar dinheiro. Casos semelhantes aconteceram em outras catástrofes como o tsunami do Japão em 2011 ou o terremoto nas Filipinas no ano passado, lembra o The Independent.
“Qualquer coisa relacionada a um desastre dá muito dinheiro para os golpistas. Eles se aproveitam de pessoas que não hesitam em clicar em um link para olhar coisas mórbidas ou para saber se há atualizações do ocorrido”, diz o especialista em segurança de computadores Chris Boyd ao portal britânico da revista Wired.
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Vídeo diz que achou voo MH370 no Triângulo das Bermudas com imagem borrada de avão sem identificação
Celebridades, como a cantora Courtnet Love, também opinaram na internet sobre as possibilidades do paradeiro do avião. A ex-mulher de Kurt Cobain sugeriu as coordenadas da possível localização da aeronave da Malaysia Airlines por meio de uma foto em seu Twitter nesta segunda. Na imagem, ela mostra onde estariam os vazamentos de gasolina e onde estariam os destroços do voo MH 370. “Eu não sou uma profissional, mas isso parece o avião e a mancha de óleo”, escreve Courtney na rede social.
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Imagem explica a localização do avião da Malaysian Airlines, segundo a cantora Courtney Love
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Entenda o caso
O voo MH370 saiu no sábado (08/11) de Kuala Lumpur à 0h41 hora local (13h41 de sexta de Brasília) e chegaria a Pequim seis horas depois, mas desapareceu do radar uma hora depois da decolagem com 239 pessoas a bordo, entre elas 227 passageiros e 12 tripulantes.
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Novas investigações confirmam que a aeronave desligou intencionalmente os seus sistemas de comunicação e mudou de rota de propósito. A análise dos dados do avião revela que o aparelho baixou de altitude para desaparecer dos radares.
Em um primeiro momento, as equipes de busca internacional se concentraram no Mar da China meridional, ao leste da Malásia, na rota que o voo MH 370 deveria ter realizado.
[Capa de tabloide britânico que alega que avião foi achado na lua viraliza no Twitter]
Os novos dados, divulgados pelo primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, no sábado (15/09), abrem duas zonas de investigação sobre a rota seguida pelo avião: uma que vai do Norte da Tailândia até o Cazaquistão e Turquemenistão e outra que parte da Indonésia e entra pelo Oceano Índico, a oeste da Austrália.
Vinte e seis países participam atualmente das operações de busca do avião: Austrália, Bangladesh, Birmânia, Brunei, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Japão, Cazaquistão, Quirguizistão, Laos, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Reino Unidos, Rússia, Cingapura, Tailândia, Turquemenistão, Uzbequistão e Vietnã.