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Atualizada às 9h25
A aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quinta (12/05) no Senado repercute na imprensa de esquerda, que tem qualificado o processo como golpe de Estado em sua cobertura.
O Senado admitiu o processo de impeachment por 55 votos a favor contra 22. Com a decisão, ela é afastada por até 180 dias e, no lugar, assume Michel Temer (PMDB). Nesse período, o Senado julga se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Caso os senadores julguem que sim, ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos, e Temer assume definitivamente a Presidência.
Telesur
Segundo a emissora multiestatal Telesur, que acompanhou minuto-a-minuto a votação do processo, o Brasil será comandado a partir de agora por Michel Temer, que “há meses vinha preparando um projeto de governo abertamente neoliberal”.
O início do processo de impeachment, de acordo com a Telesur, “é um claro indício de que se enterra o modelo de democracia representativa e se substitui por um governo de monopólios e grupos financeiros”.
La Jornada (México)
Em artigo no jornal mexicano La Jornada, o escritor brasileiro Eric Nepomuceno destacou que, por meio de Michel Temer, chegarão ao governo partidos que foram “sucessivamente derrotados” nas últimas eleições, fazendo referências a figuras do PSDB e do DEM.
Segundo La Jornada, o governo de Temer não será de “notáveis” porque “os melhores de cada especialidade dificilmente participariam de um governo ilegítimo”, além de que Temer “carece de apoio popular e de poder de decisão”.
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Prensa Latina
A agência de notícias Prensa Latina repercutiu a sessão que determinou o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência com destaque para a defesa apresentada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
“Querem construir uma tese, uma fantasia retórica para tirar do cargo uma presidente democraticamente eleita”, citou a Prensa Latina reproduzindo a fala de Cardozo no Senado.
La Semana (Colômbia)
A revista colombiana La Semana classificou como “maratônica” a sessão no Senado que teve início na quarta-feira (11/05) e durou mais de 20 horas. De acordo com o veículo, a votação foi seguida pelos brasileiros “como se se tratasse de uma partida de futebol”, assistida nas casas e em bares. No entanto, “poucas pessoas saíram às ruas, ao contrário dos protestos inumeráveis do último ano”.
A publicação diz também que “chegou o dia de glória para Temer” que, de aliado de Dilma, tornou-se “um de seus principais inimigos”.