A vice-ministra das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, insistiu nesta quarta-feira (20/04) que o governo dos Estados Unidos cumpra os acordos migratórios bilaterais firmados desde 1990, declarando que os norte-americanos realizam uma política “incoerente e diferenciada”.
Por meio das redes sociais, a diplomata cubana afirmou, que em entrevista à CNN, ratificou o “compromisso de Cuba com os acordos de migração assinados com os EUA para garantir uma emigração regular, segura e ordenada”.
A representante cubana ainda afirmou que, quando estes acordos bilaterais não são cumpridos, ocorrem picos de migração exacerbados por medidas coercitivas e obstáculos consulares.
En entrevista con @ARodriguezAP y @CNN_Oppmann, ratifiqué compromiso de #Cuba?? con los acuerdos migratorios suscritos con #EEUU para garantizar una emigración regular, segura y ordenada, y la voluntad de sostener rondas de conversaciones habituales en esta área de interés común pic.twitter.com/MbGFLLvWx7
— Josefina Vidal (@JosefinaVidalF) April 19, 2022
Vidal acusou o governo norte-americano de estabelecer uma política de migração “incoerente e diferenciada” em relação ao país latino-americano, uma vez que os Estados Unidos, segundo ela, têm desrespeitado a obrigatoriedade de concessão de 20 mil vistos por ano, além da paralisação consular.
Twitter/Josefina Vidal
Videl disse que, quando os acordos não são cumpridos, ocorrem picos de migração por medidas coercitivas e obstáculos consulares
Para além disso, a vice-ministra também denunciou a pressão dos Estados Unidos por exigências específicas e regras de trânsito nos países da América Central que acabam gerando dificuldades para a migração dos cubanos. Desta forma, classificou ter “a vontade de realizar rodadas regulares de conversações nesta área de interesse comum”.
De acordo com o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, foram realizadas 79.800 prisões de cubanos nos últimos seis meses.
Por sua vez, as autoridades de Cuba informaram que, até agora, 1.680 cidadãos dos Estados Unidos, México, Bahamas e Ilhas Cayman foram devolvidos à ilha por via marítima e aérea em 2022.
As conversas para tratar de questões migratórias e a concessão de quantidade mínima de vistos por ano foram interrompidas em 2018 durante a administração do então presidente Donald Trump.
(*) Com Telesur