Milhares de trabalhadores participam de manifestações em diversas localidades na Índia para protestar contra o aumento dos preços e o crescente desemprego. Estabelecimentos foram fechados e uma greve geral foi convocada pelos sindicatos. Os quatro maiores, entre eles os afiliados ao partido governista e os ligados aos comunistas da oposição, organizam as demonstrações.
“Todo o movimento sindical do país apresentou suas demandas unanimemente e, no dia 28 de outubro, vamos organizar um dia de protesto nacional”, disse à Reuters Tapan Sen, secretário geral do Centro de Sindicatos de Comércio Indianos, de filiação comunista.
Entre as demandas estão a proibição do comércio futuro de matérias primas, o condicionamento da ajuda do governo à indústria e a não demissão de trabalhadores, afirmou Sen.
Ele e outros líderes sindicais declararam que os empregados não deveriam abandonar o trabalho, mas participar das manifestações antes ou depois do expediente.
Efeitos da crise
Os trabalhadores indianos têm sido afetados pela turbulência econômica provocada pela crise financeira, que fez a demanda interna contrair e reduziu as exportações. O resultado foi um crescimento do desemprego, aliado a uma alta do preço dos alimentos.
Consequentemente, o número de greves aumentou no país e estão se tornando cada vez mais violentas. No mês passado, o gerente de uma empresa de automóveis do sul do país foi golpeado até a morte por funcionários insatisfeitos.
DH. Pai Panandikar, diretor do centro de investigação RPG Foundation, associou o aumento da atividade dos sindicatos a uma recente série de derrotas eleitorais de partidos comunistas em estados considerados como bastiões da esquerda.
“Com as perdas políticas dos comunistas, os sindicatos dependem da ação direta para mostrar sua existência, enquanto os comunistas precisam a ação sindical para impulsionar o apoio.”
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