O Ministério Público da Suécia apresentou nesta sexta-feira (18/11) o resultado das investigações sobre as explosões nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, registradas no final do mês de setembro.
Segundo o promotor Mats Ljungqvist, encarregado da investigação, as evidências encontradas no local das explosões confirmam que se trata de um caso de sabotagem.
“Durante as investigações no local do incidente, realizadas no Mar Báltico, foram feitas extensas apreensões e a área foi minuciosamente documentada. As análises realizadas agora mostram vestígios de explosivos em vários dos objetos estranhos encontrados”, explica o comunicado da imprensa da promotoria sueca.
Ao canal russo RT, Ljungqvist disse que as investigações ainda estão em fase preliminar, e que estão sendo feitas em cooperação com outros países, como Dinamarca e Alemanha.
“Se trata de uma apuração complexa e extensa, que deve mostrar se alguém pode ser suspeito do crime”, afirmou o promotor, indicando que ainda não se levantaram nomes de possíveis autores do crime.
Pjotr Mahhonin
Logotipo e slogan do projeto Nord Stream: ‘a nova rota de abastecimento de gás para a Europa’
Diferente da Suécia, os governos da Dinamarca e da Alemanha se recusaram a divulgar os resultados de suas investigações. Além disso, os três países (Dinamarca, Alemanha e Suécia) rechaçaram os pedidos da Rússia para que seus procuradores fossem autorizados a participar das investigações.
As explosões nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 ocorreram no dia 26 de setembro, causando vazamentos de gás no Mar Báltico.
Na ocasião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez insinuações, dando a entender que sabia quem estaria por trás dos ataques. “Foi alguém capaz de organizar tecnicamente essas explosões, que já recorreu a esse tipo de sabotagem e foi pego em flagrante, mas ficou impune”, assegurou o líder russo.
Ademais, Putin lembrou que as consequências do caso foram favoráveis aos Estados Unidos, “que agora podem fornecer recursos energéticos a preços mais altos”.