O governo iraniano admitiu nesta terça-feira (21/01) que o Boeing 737-800 da Ukraine Airlines, abatido em Teerã no dia 07 de janeiro com 176 pessoas a bordo, foi atingido por dois mísseis antes de cair.
A confirmação foi dada pela Organização da Aviação Civil do Irã com base em um relatório preliminar da investigação .
Segundo o relatório, é possível confirmar que dois mísseis Tor-M1 foram disparados contra o o voo da Ukraine International Airlines. O resultado confirma a veracidade das imagens de uma câmera de segurança que flagrou a aeronave sendo atingida por dois foguetes, que foram disparados com um intervalo de 30 segundos. A gravação foi divulgada na semana passada pelo jornal The New York Times.
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Apesar disso, o documento preliminar afirma que ainda está em análise se o impacto causado pelos mísseis está relacionado com a queda do avião.
O relatório também informa que o Irã não dispõe de capacidade técnica para decodificar as informações das caixas pretas do avião.
A Organização de Aviação Civil iraniana solicitou apoio dos Estados Unidos e da França para decodificar o conteúdo das caixas pretas, mas os dois países “ainda não responderam positivamente” ao pedido de fornecer a tecnologia necessária para a tarefa.
Agência IRNA
Asa do Boeing 737-800 daUkraine Airlines, abatido em Teerã no dia 07 de janeiro com 176 pessoas a bordo
O acidente com o voo 752 da Ukraine International Airlines aconteceu no dia 7 de janeiro, em meio à escalada de tensão entre os Estados Unidos e Irã.
Washington matou o general Qassim Soleimani, militar mais poderoso do país persa, depois de um bombardeio contra o Aeroporto de Bagdá.
Teerã, por sua vez, respondeu com o disparo de mísseis em duas bases no Iraque que abrigam tropas norte-americanas.
Apesar de inicialmente ter negado, Teerã reconheceu que o abatimento do avião ucraniano foi ocasionado por um “erro humano” e o caso provocou diversos protestos no país asiático.
Entre as 176 vítimas da tragédia, a maioria era do Irã e do Canadá.
* Com ANSA