O
ministro das Relações Exteriores do Irã se reuniu neste domingo
(25/04) com o chefe da agência nuclear da ONU (Organização das
Nações Unidas) para discutir a proposta de troca de combustível
nuclear, além das inspeções atômicas no país.
“O encontro foi realizado em uma atmosfera de
negócios”, informou a AIEA (Agência Internacional de Energia
Atômica) em um comunicado, citado pela agência Reuters.
O chanceler iraniano Manouchehr Mottaki e o
japonês Yukiya Amano discutiram a proposta de troca de combustível
nuclear e abordaram possíveis maneiras de implementá-la, informou a
AIEA, sem detalhar nenhuma conclusão.
O programa nuclear é alvo frequente de críticas de EUA, França,
Alemanha e outros países, que argumentam que o presidente Mahmoud
Ahmadinejad tem a intenção de produzir bombas nucleares. Teerã, por sua
vez, declara que o enriquecimento de urânio no país – a 20% – não tem
capacidade de formar um arsenal nuclear e que a atividade tem fins
pacíficos. É necessário ter 80% para ser considerado adequado à
fabricação de armas.
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Em outubro, o Irã concordou em princípio em
enviar urânio pouco enriquecido para o exterior para um maior
processamento, mas depois disse que a troca deveria ocorrer em
território iraniano.
Essas são condições que as outras partes
envolvidas no acordo apoiado pela AIEA, França, EUA e Rússia,
disseram não poder aceitar, porque nesse formato o acordo não
desperta confiança.
Antes da reunião, Mottaki disse à
televisão estatal iraniana que as conversas seriam “decisivas e
detalhadas”, segundo a agência Irna, estatal da República
Islâmica.
“A AIEA… pode ter um papel mais
construtivo”, afirmou Mottaki. “Acreditamos que a troca de
combustível poder criar confiança multilateral.”
Para o enviado de Washington na AIEA, o encontro
foi positivo.
“É uma boa oportunidade para a AIEA
expressar suas preocupações ao Irã diretamente”, disse Glyn
Davies.
Washington tem buscado apoio de Rússia e China,
detentores de veto no Conselho de Segurança da ONU, para uma quarta
rodada de sanções a Teerã.
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