O Irã liberou nesta quarta-feira (13/01) os dez tripulantes de dois navios de guerra dos EUA que haviam sido detidos por “violação de águas”, após confirmar falha técnica, segundo o vice-almirante Ali Fadavi, comandante da Marinha da Guarda Revolucionária iraniana.
“As investigações mostraram que os dois navios entraram nas águas territoriais iranianas por falhas técnicas em seus sistemas de navegação e o assunto está se resolvendo”, afirmou Fadavi à imprensa.
Agência Efe
Alguns dos marinheiros detidos pela Guarda Revolucionária iraniana na terça
O corpo paramilitar da Guarda Revolucionária, ligado diretamente ao aiatolá Ruhollah Khomenei, é encarregado da vigilância nas águas do Golfo Pérsico. “A definitivamente não intencional entrada ilegal da frota naval dos EUA em águas territoriais do Irã no Golfo Pérsico permitiu colocá-los em liberdade, além do compromisso dos EUA de não repetir erros deste tipo”, disse comunicado da Guarda.
Os marinheiros chegaram a ser interrogados na terça (12/01), antes de se ter uma confirmação das falhas técnicas nos sistema de navegação dos navios que resultou na violação. De acordo com a Marinha norte-americana, não há indicações de que a tripulação tenha sido machucada durante a detenção e interrogatório.
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A Marinha ainda pretende conduzir investigações mais profundas para determinar como os navios foram parar em território iraniano.
O secretário de Estado, John Kerry, expressou, por meio de comunicado, “gratidão às autoridades iranianas pela cooperação em resolver rapidamente este assunto”.
Agência Efe
Os dois navios de guerra que violaram as águas iranianas
O Irã, contudo, ainda exige um pedido formal de desculpas por parte dos EUA, visto que a presença dos navios norte-americanos no Golfo “perturbou a segurança da área”.
O vice-almirante Fadavi ainda criticou as manobras da Marinha e acusou as tripulações dos navios detidos de “não agir de forma profissional” durante o incidente, apesar de ter ressaltado que não aconteceu nenhum tipo de resistência quando foram abordados.