Milhares de pessoas se reuniram hoje (4/6) em diversos lugares do Irã para pedir punição a Israel e condenar o ataque da segunda-feira passada, executado por comandos israelenses à embarcação de ajuda humanitária que seguia para Gaza e que resultou em nove ativistas mortos.
As manifestações ocorreram pouco depois de o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, fazer o sermão da sexta-feira.
Em Teerã, os manifestantes tinham se reunido em frente ao mausoléu de Khomeini, fundador da República Islâmica, onde também lembraram o XXI aniversário de sua morte.
Efe
O aiatolá Khamenei realiza o sermão de sexta-feira, em Teerã
Com bandeiras palestinas nas mãos, os manifestantes gritavam “morte a Israel, morte aos Estados Unidos”, e expressaram sua disposição de lutar pelo povo palestino e a necessidade de enviar outros comboios e embarcações para pôr fim ao bloqueio.
No final da marcha na capital iraniana, os organizadores leram um comunicado de seis pontos no qual pedem ao Conselho de Segurança da ONU que adote “medidas urgentes e sérias para frear os crimes israelenses”.
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Além disso, exigiu da Organização da Conferência Islâmica, que reúne 56 países muçulmanos, e da Liga Árabe – da qual pertencem 22 estados árabes – que formem uma frente comum para punir Israel.
O documento também pede que os líderes israelenses sejam processados e ainda o fim do bloqueio que está submetida há três anos Gaza, explicou a televisão estatal iraniana.
A nota indica que os países que apóiam Israel, como os EUA, Reino Unido e França, “devem responder perante a opinião pública pela brutalidade” israelense.
Falas oficiais
O ataque foi também alvo de críticas do líder supremo iraniano durante seu esperado sermão. Khamenei afirmou que Israel “é um tumor cancerígeno” que deve ser extirpado e prenunciou que seu colapso “está próximo”.
Além disso, advertiu que Israel trata de “judaizar” a Palestina e pediu por isso aos muçulmanos que se mantenham firmes e enfrentem “os crimes israelenses”.
Minutos antes, a partir do mesmo palanque, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu que Israel “tem planos de atacar Gaza para compensar seu fracasso e reconstruir assim seu poderio militar. Cometeram um erro e agora é o regime mais odiado aos olhos das nações”.
Além disso, fez referência contra “os poderes arrogantes”, em alusão à Europa e aos EUA, aos que exigiram que retirem seu apoio a Israel e se unam ao restante das nações “na defesa da verdade e a justiça”.
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