Mais de 30 mil tropas do exército iraquiano, das forças antiterroristas do país, dos peshmerga (exército curdo no Iraque) e das milícias pró-governamentais começaram nesta segunda-feira (17/10), uma ofensiva militar para tirar a cidade de Mossul das mãos do Estado Islâmico (EI), que controla região há mais de dois anos.
A notícia foi dada em uma emissora estatal iraquiana pelo primeiro-ministro do país, Haidar al Abadi. “A hora de vencer chegou e as operações para libertar Mossul começaram”, disse o premiê.
A investida para tentar reconquistar Mossul é a maior operação militar do Iraque desde que as tropas norte-americanas se retiraram do território em 2011 e, se for realizada com sucesso, será o golpe mais duro ao grupo terrorista até o momento.
Segundo a emissora Al Jazeera, nas primeiras quatro horas de ofensiva, as forças curdas dos peshmerga já retomaram o controle de ao menos três vilarejos da região. No entanto, elas não entrarão em Mossul, deixando esta tarefa apenas para o exército iraquiano para não aumentar tensões no país, de acordo com Kifah Mahmud Karim, conselheiro do presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massud Barzani.
Agência Efe
Iraque iniciou nesta segunda-feira operação para tentar retomar cidade de Mossul
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A operação deve durar “provavelmente semanas e talvez ainda mais”, explicou o general Stephen Townsend, comandante das forças conjuntas norte-americanas que estão no Iraque para ajudar a tirar Mossul do Estado Islâmico. “Esta deve se revelar uma batalha longa e difícil, mas os iraquianos estão preparados e nós estamos com eles”, afirmou Townsend. A Organização das Nações Unidas também já falou sobre a ofensiva e se disse “extremamente preocupada” com os cerca de 1,5 milhão de civis que vivem na cidade.
Segundo o responsável da ONU pelas atividades humanitárias, Stephen O'Brien, a instituição teme que “milhares [de pessoas] poderão se encontrar sob o cerco” das tropas governamentais ou se transformar em “escudos humanos” nas mãos do Estado Islâmico.
O'Brien também fez um apelo “a todas as partes de respeitar as suas obrigações de proteger os civis com base nas leis humanitárias internacionais”.
Já a organização Save the Children afirmou que “não existem” rotas seguras para que as famílias consigam escapar do conflito e disse que os moradores da região foram recomendados a erguer uma bandeira branca nas suas casas para ficarem um pouco mais seguros, afirmou o porta-voz da ONG, Ruairidh Villar.
(*) Com Ansa