O Exército de Israel realizou na manhã desta quarta-feira (27/05) quatro ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, após o disparo de um foguete proveniente do enclave palestino atingir a cidade portuária de Asdode, na noite de terça-feira (26/05).
“Israel não tem a menor intenção de ignorar o disparo de foguetes contra seus cidadãos, como os que foram perpetrados pela Jihad Islâmica na última noite”, declarou o ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, acrescentando que Gaza “pagará um preço alto” se a provocações aumentarem.
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Foguetes lançados via Gaza por organizações islâmicas atingem sudoeste de Israel e provocaram ira de governantes
Citado pelo jornal israelense Ha'aretz, Ya’alon ainda afirmou que o grupo islamita Hamas deve parar com qualquer tentativa de abrir fogo contra Israel. “Eu não aconselharia ninguém a nos testar”, ameaçou.
Em comunicado, as forças de Israel anunciaram que os alvos de seus quatro ataques foram instalações militares da Jihad Islâmica e do Hamas nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, e em Beit Lahia, no norte. A nota diz que a investida não deixou vítimas.
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AI: Hamas cometeu crimes contra civis em Gaza
A AI (Anistia Internacional) publicou um relatório nesta quarta que atesta que o Hamas cometeu crimes de guerra contra civis palestinos na Faixa de Gaza durante o conflito com Israel entre julho e agosto de 2014.
Segundo o diretor de Oriente Médio e Norte da África da ONG, Philip Luther, enquanto as forças israelenses estavam causando “mortes em massa e destruição perante a população de Gaza, Hamas aproveitou a oportunidade” para perpetrar uma série de graves abusos que vão de sequestros, torturas a assassinatos ilegais contra os palestinos acusados de “colaborar” com Tel Aviv.
Um porta-voz do Hamas qualificou o relatório de injusto, não profissional e sem credibilidade. “O relatório é contra a resistência palestina e o movimento Hamas (…) exagera deliberadamente suas descrições, sem ouvir todos os lados e sem fazer um esforço para checar a veracidade de detalhes e informações”, disse Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas, citado pela Reuters.
Durante os 70 dias da operação israelense “Margem Protetora”, em meados de 2014 em Gaza, mais de 2.200 palestinos – a maioria civis – foram vítimas fatais do conflito. Do lado israelense morreram 67 soldados e seis civis.
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Mulher palestina caminha sobre destroços em região bombardeada por Israel