A autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, aprovou na tarde deste domingo (24/11) uma lei de urgência para convocar novas eleições no país.
Senadora de direita, Áñez assumiu a presidência após o golpe de Estado que obrigou Evo Morales a renunciar ao cargo no começo de novembro.
“Chegamos a esse dia com a satisfação do dever cumprido, porque este é o principal objetivo do meu governo”, disse a mandatária.
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O novo pleito surgiu após uma negociação entre o governo boliviano que assumiu o poder após o golpe, a ONU e a União Europeia e anula as eleições realizadas no dia 20 de outubro que deram a vitória para Morales.
Além disso, a lei aprovada por Áñez não permite que o ex-presidente, exilado no México, concorra ao posto de chefia do país.
Reprodução
Senadora de direita que assumiu a presidência após um golpe de Estado que obrigou Evo Morales a renunciar
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), formado pela gestão de Áñez, tem o prazo máximo de 20 dias para escolher novas autoridades eleitorais e fixar uma data do ano de 2020 para realizar o pleito.
Golpe
Desde que a oposição começou a gestar o golpe, ainda no dia do primeiro turno (vencido por Evo Morales), mais de 30 pessoas já morreram.
Segundo o jornal La Razón, a autoproclamada presidente defende que assumiu o governo boliviano de acordo com a sucessão constitucional e que todo o procedimento foi garantido pelo Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP).
O ex-presidente Morales afirma que a autoproclamação de Áñez viola a Constituição e as normas internas da Assembleia Legislativa da Bolívia.