Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O conservador PP (Partido Popular da Espanha), voltou a ter de desmentir o envolvimento do presidente do governo do país, Mariano Rajoy, no escândalo envolvendo o ex-tesoureiro da legenda, Luis Bárcenas, atualmente detido por corrupção, pela distribuição de bônus ilegais a membros do PP na década de 1990, após a publicação de documentos contábeis manuscritos apresentados como originais.

Nesta terça-feira (09/07) o jornal El Mundo publicou a imagem de uma folha manuscrita atribuída a Bárcenas onde aparece o nome do premiê como um dos receptores desses bônus.

“Os originais de Bárcenas indicam que Rajoy recebeu bônus ilegais durante ao menos três (1997, 1998 e 1999) dos anos em que foi ministro do governo de José María Aznar (1996-2004)”, informa o El Mundo.

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A promotoria anticorrupção investiga desde o fim de janeiro a eventual existência de uma contabilidade oculta no PP.
 

Documento é atribuído a ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, atualmente preso; partido nega veracidade de papel

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O jornal calcula que Mariano Rajoy recebeu o equivalente a 25.242 euros em 1998, além de seu salário de ministro na época, quando os bônus aos ministros estavam proibidos, segundo o “El Mundo”. O premiê negou em fevereiro ter recebido essas somas.

“Os originais de Luis Bárcenas publicados hoje pelo 'El Mundo' pulverizam o álibi apresentado até agora pelo PP direcionado a negar a veracidade dos papéis de seu ex-tesoureiro”, afirma o jornal.

O PP voltou a desmentir nesta terça-feira a existência destas práticas. “O Partido Popular reitera que desconhece estas anotações e seu conteúdo, e não reconhece, em nenhum caso, como contabilidade deste grupo político”.

“O PP também quer reiterar que todas as retribuições aos cargos e funcionários do partido foram realizadas sempre conforme a legalidade e cumprindo as obrigações tributárias correspondentes”, afirma o PP em um comunicado.

Bárcenas foi detido de forma provisória no dia 27 de junho no âmbito de outra investigação sobre um caso de corrupção que também afeta a direita espanhola desde 2009.

(*) com agências de notícias internacionais