O jornalista Samuel Pancher, do site Metrópoles, defendeu nesta quinta-feira (12/10) que o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, seja censurado nas redes sociais.
Isso por que, após a guerra de Israel contra o Hamas por conta da ofensiva do grupo islâmico, Breno Altman expõe sua defesa com posições pró-Palestina e contrárias ao massacre que vem sendo promovido pelo Estado israelense na Faixa de Gaza.
Pelo X (antigo Twitter), Pancher disse que o Brasil, um “país que tira contas do ar por decisão de ofício em inquéritos sob sigilo”, deveria impedir que as posições do fundador de Opera Mundi sejam compartilhas sem qualquer restrição. Após sugerir que o perfil de Altman seja interditado, o jornalista do Metrópoles falou que defender a criação de um Estado palestino e seu povo é o “justo e óbvio”, mas que, segundo ele, “parte da esquerda está abertamente defendendo o Hamas”.
Porém, na postagem destacada pelo jornalista, Altman discordou das políticas e métodos do Hamas, apontando que a organização é “parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel”.
Por que um país que tira contas do ar por decisão de ofício em inquéritos sob sigilo permite isso aqui? https://t.co/wOlC4jwYtj
— Samuel Pancher (@SamPancher) October 12, 2023
Altman tem se notabilizado nos últimos dias denunciando o discurso sionista que a resposta de Israel contra os palestinos desencadeou. O também jornalista, que é judeu, defende que uma “guerra de um povo subjugado contra um Estado colonial é sempre justa”. “Esse é um marcador essencial para ler a situação palestina”, disse ele nas últimas postagens.
Para Altman, o sionismo é uma “corrente político-ideológica de natureza racista”, como a Organização das Nações Unidas reconheceu entre 1975 e 1992: “consagra a supremacia de uma etnia, os judeus, como pilar do Estado de Israel. Trata-se, portanto, de doutrina a ser combatida até desaparecer, como qualquer racismo”.
O sionismo é uma corrente político-ideológica de natureza racista, como a ONU reconheceu entre 1975 e 1992. Consagra a supremacia de uma etnia, os judeus, como pilar do Estado de Israel. Trata-se, portanto, de doutrina a ser combatida até desaparecer, como qualquer racismo.
— Breno Altman (@brealt) October 11, 2023
Reprodução/ @idfonline
Após ofensiva do Hamas, as forças israelenses têm bombardeado constantemente Gaza, que sofre um cerco total