O novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, órgão legislativo do país, disse nesta segunda-feira (06/01) que o autoproclamado mandatário venezuelano Juan Guaidó não ofereceu nada à nação. 

“Não existiu uma política de Guaidó, era uma farsa”, afirmou Parra em entrevista coletiva de imprensa. O novo presidente ainda disse que está permitida a entrada de Guaidó na Assembleia como mais um deputado e que seus direitos serão respeitados. 

Parra afirmou que nesta terça-feira (07/11) foi convocada uma sessão extraordinária do Parlamento, que visa começar o trabalho de reconciliação do país. “Este é um conselho de administração que apresenta uma alternativa. O desenvolvimento de ações que visa atender a população acima dos interesses pessoais”, disse.

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Ainda na entrevista, Parra disse que, durante a votação de domingo (05/01), o quórum da casa teve a participação de 150 deputados, dos quais 81 apoiaram o novo conselho. 

“A votação foi realizada com o quórum regulamentário. 150 deputados estavam aqui dentro do Parlamento até o último momento”, afirmou.

O venezuelano ainda disse que Guaidó tentou “boicotar” e “adiar” a votação de domingo. Segundo ele, conforme a ação do presidente em prorrogar a eleição, os deputados que estavam na votação deram início à eleição, pois de acordo com Parra, seguiram o que “diz na Constituição”.

Eleição

Os deputados da Venezuela elegeram no domingo a nova direção da Assembleia Nacional do país. Luis Parra assumirá o cargo de presidente, Franklin Duarte, do Copei, e José Gregorio Noriega, do Vontade Popular, como primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente.

Os três novos integrantes da direção da AN, todos opositores de direita ao governo do presidente Nicolás Maduro, foram apoiados por outras legendas da oposição que não reconheciam mais a liderança de Guaidó e também dos deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro.

A vitória de Luis Parra coloca fim ao mandato de Juan Guaidó na presidência do Parlamento. O deputado de direita, que se autoproclamou presidente da Venezuela em fevereiro de 2019, foi acusado de envolvimento em casos de corrupção e é suspeito de receber colaboração de paramilitares narcotraficantes da Colômbia. Essas acusações enfraqueceram Guaidó como líder da oposição, que chegou a pedir seu afastamento da direção da Assembleia e o impeachment da Presidência autoproclamada.

(*) Com teleSur.