Sexta-feira, 13 de junho de 2025
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O Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Mianmar (NDSC) estendeu o estado de emergência no país por mais seis meses, nesta segunda-feira (31/07), adiando as eleições pela quarta vez consecutiva desde o golpe de Estado em 2021.

Com o golpe, o vice-presidente de Mianmar, Myint Swe, assumiu a presidência interina do país. A partir da extensão da medida, Swe transferiu o poder para o chefe militar Min Aung Hlaing.

Por sua vez, o prolongamento da medida impede a realização das eleições, que estavam marcadas para o próximo mês de agosto.

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Segundo o jornal local, Myanmar Now, desde o golpe em 2021, que derrubou a então presidente Aung San Suu Kyi por suposta fraude nas eleições de 2020, os militares haviam prorrogado o estado de emergência três vezes, cada uma durando seis meses.

O jornal ainda aponta que a Constituição do país, elaborada em 2008 pelo próprio exército do país, determina que um estado de emergência que antecede eleições possa ter apenas duas prorrogações de seis meses, sendo esta a quarta.

Após golpe de Estado em 2021, militares renovaram medida quatro vezes, impedindo que novas eleições fossem realizadas no país

Wikicommons

Chefe militar Min Aung Hlaing assume presidência interina do país com nova medida

Líder deposta deixa prisão

A ex-líder civil de Myanmar, Aung San Suu Kyi, destituída pelo golpe militar em 2021, foi transferida da prisão para uma instalação do governo na segunda-feira (24/07).

A ativista e vencedora do Nobel da Paz havia sido vista apenas uma vez desde o golpe, através de fotografias divulgadas pela mídia estatal em que aparecia em um tribunal.

Desde então, havia preocupações a respeito da saúde da líder política, que tem 78 anos de idade. Ela foi condenada a 33 anos de prisão por uma série de acusações, incluindo corrupção, posse de dispositivos de comunicação ilegais e violação de restrições durante a pandemia.

Grupos de defesa dos direitos humanos definiram o processo como uma “farsa” e “projetado” para excluí-la da política nacional.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o golpe de estado levou à fuga de mais de 1 milhão de pessoas da nação no sudeste asiático.

(*) Com TeleSUR