A Alta Corte de Londres autorizou nesta segunda-feira (24/01) que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, possa fazer uma apelação à Suprema Corte britânica sobre sua possível extradição para os Estados Unidos.
Falando à imprensa após a decisão, a esposa e advogada do australiano, Stella Morris, afirmou que a decisão foi uma “vitória” e “exatamente o que queríamos que acontecesse”.
O apelo à Alta Corte veio após o próprio órgão reverter uma decisão de primeiro grau que impedia que Assange fosse extraditado para os EUA. O tribunal acolheu um pedido de Washington contra o fundador do Wikileaks.
Agora, a mesma corte acolheu o pedido da defesa de Assange para que ele possa entrar com mais um recurso na instância máxima da justiça britânica. Com isso, a situação da extradição deve ser adiada por mais alguns meses.
O ativista foi acusado pelo Departamento de Justiça norte-americano de “conspirar” com a ex-analista militar Chelsea Manning por publicar milhares de documentos com informações confidenciais sobre crimes de guerra norte-americanos no Iraque e no Afeganistão.
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Para esposa e advogada do australiano, Stella Morris, decisão foi uma ‘vitória’ e ‘exatamente o que queríamos que acontecesse’
Após anos refugiado na embaixada do Equador em Londres, no Reino Unido, que lhe ofereceu asilo diplomático contra ameaças de prisão, essa imunidade foi retirada em 2019 por Quito, permitindo que a polícia britânica o prendesse. Desde então, ele está em prisão preventiva.
Se for extraditado e condenado, Assange poderá pegar até 175 anos de prisão.
*Com Ansa e Sputnik