A Justiça peruana ordenou nesta quarta-feira (10/04) a prisão preventiva, por dez dias, do ex-presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou ao cargo no ano passado devido denúncias por compra de votos no Congresso.
O ex-presidente é investigado por suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro junto a construtora Odebrecht. A acusação aponta que PPK (como é conhecido o ex-mandatário) teria recebido dinheiro da construtora em torca de favorecer a empresa brasileira.
A ordem de prisão foi feita pela Corte Superior de Justiça Especializada em Delitos e Crimes Organizados, que acatou o pedido do fiscal da Lava Jato, José Domingo Péres, que investiga Kuczynski.
Em declaração à rádio W de Colombia, o ex-presidente disse que sua prisão “é uma perseguição” e que respondeu “a acusação todas as vezes”.
“O pessoal da Odebrecht foi claro em [dizer] que eu não tenho nada a ver com essas acusações e, bom, vou ver o que eles estão tentando me dizer agora”, disse PPK.
Renúncia
O ex-presidente peruano renunciou ao cargo em 22 de março de 2018. PPK sofreu forte pressão política, tanto de ministros quanto do seu próprio partido.
Na ocasião, Kuczynski foi acusado de receber mais de 782 mil dólares da Odebrecht por serviços de consultoria realizados entre 2004 e 2007. À época, o Congresso do Peru aprovou seu renúncia com 105 votos a favor e 11 contra.
Agência Andina
Ex-presidente Pedro Pablo Zuczynski tem prisão preventiva decretada por suposta participação em lavagem de dinheiro.