A líder do partido francês de ultradireita Frente Nacional, Marine Le Pen, foi absolvida nesta terça-feira (15/12) da acusação de incitação ao ódio durante evento de sua campanha para a presidência da FN em dezembro de 2010, em Lyon.
A acusação se refere a declaração de Le Pen em que ela comparou muçulmanos rezando nas ruas da França com a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi acusada de “incitação à discriminação, à violência ou ódio contra um grupo de pessoas por causa de sua filiação religiosa”.
Agência Efe
Marine Le Pen após votar neste domingo no segundo turno das eleições regionais francesas; FN, seu partido, perdeu votação
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No discurso realizado em dezembro de 2010 e transmitido pela TV francesa, Le Pen disse que a França a princípio viu “mais e mais véus”, depois “mais e mais burqas” e “depois disso vieram as orações na rua”. “Sinto muito, mas algumas pessoas gostam muito de falar sobre a Segunda Guerra Mundial e a ocupação [nazista], então vamos falar sobre a ocupação que está acontecendo aqui”, afirmou. “Não há tanques, não há soldados, mas ainda assim é uma ocupação que tem um peso sobre as pessoas.”
Ela foi acusada em julho de 2014 após perder sua imunidade como membro do Parlamento Europeu. O caso foi originalmente arquivado, porém retomado devido à pressão de grupos antirracistas que entraram com uma acusação na corte civil. Durante audiência do processo realizada no dia 20 de outubro, Le Pen se declarou inocente. Os magistrados que decidiram o processo nesta terça-feira seguiram o parecer do Ministério Público francês que solicitava a absolvição de Le Pen.