Comitê de Instrução da Rússia determinou nesta sexta-feira (15/07) a prisão dos dois capitães que não socorreram o navio 'Bulgaria', que afundou nas águas do rio Volga no domingo passado (10/07) e deixou mais de 100 mortos.
“As autoridades deram ordem à Polícia para a prisão do capitão do 'Arbat', Yuri Tuchkin, e do capitão do 'Dunaiski-66', Aleksandr Yegorov, e sua transferência a Kazan para serem interrogados na investigação”, disse o representante oficial do CI, Vladimir Markin, citado pela agência de notícias local Interfax.
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O Comitê abriu um processo na Justiça contra os dois capitães no último dia 12. “Segundo os sobreviventes do 'Bulgaria', no momento da catástrofe, dois navios passaram ao lado da embarcação naufragada sem prestar socorro”, explicou uma fonte policial da república russa da Tartária, onde ocorreu a tragédia.
O funcionário destacou que, por causa da forte chuva e das ondas, os navios poderiam até nem enxergar o “Bulgaria”, mas tiveram de ouvir o sinal de socorro por rádio.
O artigo 270 do código penal russo prevê penas de até dois anos de prisão “por omissão de socorro à embarcação que sofre naufrágio”.
O CI, por sua vez, assinalou que os funcionários públicos responsáveis pela segurança do transporte fluvial no rio Volga podem ser processados. “Se for comprovada a ilegalidade de suas ações, esses funcionários serão processados, independentemente de seus cargos”, asseverou Markin.
O representante do CI ressaltou que as autoridades estão investigando as empresas turísticas que faziam uso do “Bulgaria” em seus cruzeiros pelo rio Volga.
“A investigação fará uma avaliação jurídica da ação ou inação dos funcionários entre cujas responsabilidades estava a segurança do transporte fluvial”, explicou Markin.
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