O coronel líbio Muamar Kadafi enviou na madrugada desta quinta-feira (23/06) pela televisão estatal reiterando que resistirá “à cruzada da OTAN contra o país muçulmano”. Segundo ele, as forças da aliança serão vencidas e terão que “dar marcha à ré”.
Na mensagem, Kadafi denunciou que os ataques das forças internacionais lançados na segunda-feira (20/06) na cidade de Surman, 70 quilômetros ao oeste de Trípoli, atingiram a casa de Hemidi Jouildi, seu antigo companheiro de armas.
Segundo acusação do governo líbio, nestes ataques a OTAN teria matado 19 civis, entre eles membros da família Jouildi.
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O comando das operações, por sua vez, reconheceu ter lançado uma operação em Surman, mas afirmou que esta foi direcionada contra um centro de operações.
Kadafi, porém, garantiu que os bombardeios foram uma “tentativa de assassinato” e explicou que as forças da Otan haviam atacado os escritórios de seu companheiro em quatro ocasiões entre 10 de maio e 6 de junho.
Segundo o líder líbio, após ter fracassado em sua tentativa de assassiná-lo, a aliança “o buscou em sua casa junto com sua esposa e seus filhos”.
“Matam civis e afirmam atacar alvos militares. Até o próprio diabo se envergonharia de mentir assim”, disse Kadafi.
O coroneu pediu ainda à ONU o envio de uma comissão para investigar se a zona atacada era realmente um alvo milita e ameaçou a OTAN. “Um dia a situação pode se inverter e então vossas casas e vossos filhos se tornarão alvos legítimos para nós”, afirmou.
Na mensagem, além de reiterar que não teme a morte, ressaltou que a “batalha contra a cruzada do Ocidente continuará até o fim do mundo”.
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