O Kosovo está intensificando os esforços diplomáticos para receber maior reconhecimento internacional, depois da decisão do Tribunal Internacional de Justiça em Haia a favor da legalidade da declaração unilateral de independência, feita em 2008.
Em comunicado de imprensa nesta segunda-feira (16/8), o presidente e o primeiro-ministro do Kosovo anunciaram que enviaram mensagens a países e organizações internacionais pedindo que o território seja reconhecido como país independente.
Segundo parecer da CIJ de 22 de julho, a declaração de independência do Kosovo “não violou o direito internacional”, mas nenhum novo país reconheceu a soberania da província sérvia desde então.
O presidente do Kosovo, Fatmir Sejdiu, e o primeiro-ministro, Hashim Thaçi, enviaram cartas aos líderes de países-membros da ONU e líderes de organizações como a Conferência Islâmica, Liga Árabe e Organização dos Estados Americanos. Eles pedem o reconhecimento do Kosovo como país independente e que votem contra uma resolução patrocinada pela Sérvia a ser votada na Assembleia Geral da ONU em setembro.
Retomada
Cartas foram enviadas também aos 56 países-membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, ao Conselho da Europa e à alta representante de Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton.
“Após o parecer da CIJ, que confirmou a legalidade da declaração de independência do Kosovo, pedimos com respeito a todos os países-membros da ONU que rejeitem a resolução da Sérvia como uma ação desnecessária e inaceitável”, diz o comunicado.
Com essa resolução, a Sérvia quer forçar a retomada de negociações sobre o estatuto do Kosovo. Desde a Idade Média, o território é considerado parte da Sérvia e tornou-se independente do Império Otomano junto com o governo em Belgrado, em 1878, graças à luta de rebeldes sérvios.
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