O governo do Kuwait vai abrir uma licitação para a construção da primeira usina privada de geração de energia e dessalinização de água do país. O anúncio foi feito esta semana e as construtoras interessadas deverão apresentar suas propostas até o dia 7 de junho. As informações são do website Zawya (de notícias econômicas do Oriente Médio) e da agência Dow Jones.
O projeto foi anunciado pelo PTB (Partnership Technical Bureau ou Departamento Técnico de Parcerias), órgão do governo kuwaitiano, e vai seguir o modelo “produtora independente de água e energia” (IWPP, na sigla em inglês), já implementado em outros países árabes, como Arábia Saudita, Omã, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
O complexo de dessalinização e geração de energia será construído em Az Zour North, e sua capacidade de geração será de 1,5 mil megawatts de energia e 100 milhões de galões de água dessalinizada por dia (cerca de 378 milhões de litros). O contrato do governo vai prever a compra da produção da usina, durante 30 anos, pelo Ministério da Eletricidade e Águas, a exemplo de outros contratos de IWPP da região.
O PTB deverá supervisionar o projeto, que receberá consultoria das empresas BNP, Chadbourne & Parke LLC e Lahmeyer International. A empreiteira que vencer a licitação terá participação de 40% na construção da usina.
Crescimento
Seguindo o modelo IWPP, outros países árabes contrataram algumas das maiores construtoras do mundo para construir e operar usinas de energia e dessalinização, entre elas a International Power PLC e a GDF Suez.
O modelo ajudou essas nações a atenderem à demanda por eletricidade e água, que vem crescendo rapidamente em função da expansão populacional e dos gastos energéticos ocasionados por projetos industriais e de infraestrutura.
A estatal Dewa, de Dubai, por exemplo, anunciou sua primeira IWPP este ano, e informou que estava introduzindo o modelo com o objetivo de liberar capital para outros investimentos. “A mudança é significativa, porque permite o investimento privado para financiar toda ou parte da expansão da capacidade de geração do Kuwait, e permite que o governo concentre seus esforços em outras tarefas”, disse o analista Samuel Ciszuk, da consultoria IHS Global Insight, de Londres, segundo agências de notícias.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum
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