Agora está nas mãos do governador do Texas, Rick Perry, a aprovação de um projeto de lei que obriga mulheres a escutarem o coração do bebê antes de decidirem pelo aborto, inclusive aquelas que sofreram estupro. Além disso, a medida prevê que as texanas recebam de médicos informações detalhadas do desenvolvimento do feto.
Pela legislação do Texas, o aborto é permitido somente em casos de
estupro, risco de morte da mãe ou se o bebê apresenta alguma
anormalidade irreversível. Se o aborto é considerado ilegal, a lei prevê pena de até cinco anos de prisão e multas de 100 a 500 dólares.
Na segunda-feira (07/03), a Câmara dos Deputados do estado aprovou o projeto de lei por 107 votos a favor e 42 contra, aceito em fevereiro pela maioria no Senado. O autor do projeto de lei, o senador republicano Sid Miller, explicou
que, se as mulheres que desejam abortar não quiserem ver os resultados
do sonograma, “basta olharem para o outro lado ou utilizarem protetores
auriculares para evitar o som do coração do bebê”.
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Perry, do Partido Republicano, demonstrou ser favorável à medida. “A decisão de escolher pela vida se torna mais clara quando a pessoa tem acesso a todo tipo de informação. Espero com impaciênia que essa importante lei chegue para o meu despacho”, disse o governador em um comunicado à imprensa, de acordo com a rede CNN.
Diversas organizações pró-aborto criticaram a medida e realizaram uma manifestação nesta terça-feira (08/03) ao lado de legisladores democratas, em Austin. “Não podemos permitir que uma ideologia atrapalhe a política de saúde pública”, afirmou a deputada democrata Donna Howard, de acordo com a Associated Press.Por sua vez, o deputado democrata Armando Walle, qualificou a iniciativa
como “uma intromissão do governo na vida dos indivíduos do Texas”.
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