O opositor venezuelano e ex-deputado Leopoldo López, sua esposa, Lilian Tintori, e sua filha de 15 meses estão na embaixada da Espanha, em Caracas, segundo confirmação feita nesta quarta-feira (01/05) pelo Ministério das Relações Exteriores espanhol.
López, que cumpria pena de quase 14 anos em prisão domiciliar, foi libertado ontem pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó durante uma tentativa de golpe de Estado no país para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Horas depois, o ex-deputado e sua família pediram asilo político na embaixada do Chile, fato que foi confirmado pelo chanceler chileno, Roberto Ampuero.
Nesta quarta, Ampuero afirmou pelo Twitter que López e Tintori têm “ascendência espanhola” e que a família estava se mudando para a embaixada da Espanha.
“Quero atualizar a informação: Lilian Tintori e Leopoldo López – de ascendência espanhola – se mudaram para a embaixada da Espanha. Se trata de uma decisão pessoal, considerando que nossa embaixada já tinha hóspedes”, disse o ministro das Relações Exteriores do Chile, Roberto Ampuero.
Entretanto, apesar de confirmar a presença de López e sua família na embaixada espanhola em Caracas, o governo da Espanha negou que o ex-deputado tenha pedido asilo político.
López era opositor ao governo do presidente Nicolás Maduro e havia sido condenado à prisão em 2015. Ele havia recebido a pena máxima – 13 anos, nove meses e sete dias – pelos crimes de que era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, incêndio criminoso e danos à propriedade.
As acusações dizem respeito aos atos violentos que causaram 43 mortes decorrentes dos protestos antigoverno realizados em 2014. López era um dos líderes do movimento “A saída”, plano que pretendia a derrubada do presidente Maduro.
Em 2017, López deixou o presídio militar de Ramo Verde, perto de Caracas, e passou a cumprir prisão domiciliar. Ele teve o regime de prisão alterado devido a “problemas de saúde”, segundo informou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
*Com Agência Efe
Agência Efe
Ex-deputado e sua família haviam pedido asilo político na embaixada do Chile, fato que foi confirmado pelo chanceler chileno