A líder de extrema direita Giorgia Meloni prestou juramento neste sábado (22/10) e tornou-se a nova premiê da Itália, menos de um mês após a vitória de sua coalizão conservadora nas eleições de 25 de setembro.
Além de Meloni, todos os 24 ministros do novo governo também fizeram o ato solene perante o presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Salão de Festas do Palácio do Quirinale, em Roma. “Juro ser fiel à República, cumprir lealmente a Constituição e as leis, e exercer o meu mandato e as minhas funções no interesse exclusivo da nação”, declarou ela.
Agora, no domingo (23/10) será realizada a transferência de poderes entre Mario Draghi e Meloni, além da primeira reunião do conselho de ministros e da investidura do Executivo no Parlamento – Câmara dos Deputados e Senado.
Logo após seu juramento, Meloni afirmou que servirá o país “com orgulho e senso de responsabilidade”. “Aqui está a equipe do governo que, com orgulho e senso de responsabilidade, vai servir a Itália. Agora é trabalhar”, escreveu a líder da extrema direita no Twitter, ao compartilhar uma foto.
Como manda a praxe, o presidente italiano convocou a deputada ao Palácio do Quirinal na última sexta-feira (21/10) para encarregá-la de formar o novo governo depois de um ciclo de reuniões com todos os partidos representados no Parlamento.
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No domingo (23/10) será realizada a transferência de poderes entre Mario Draghi e Meloni
Primeira mulher premiê na Itália e a primeira líder de extrema direita a governar o país desde a Segunda Guerra Mundial, Meloni apresentou uma lista de ministros com integrantes de seu partido Irmãos da Itália (FdI), da legenda de ultradireita Liga, de Matteo Salvini, que irá liderar o Ministério de Infraestrutura, e o conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.
O FdI é herdeiro da extinta legenda pós-fascista Movimento Social Italiano (MSI), e a própria primeira-ministra encarregada já expressou opiniões simpáticas a Mussolini em sua juventude.
Hoje, no entanto, Meloni tenta se vender como uma líder moderada e responsável, tendo abandonado inclusive a proposta de tirar a Itália da zona de euro.
Ainda assim, construiu sua trajetória política com um discurso antimigrantes, e uma de suas bandeiras é impor um bloqueio militar no Mediterrâneo para impedir a chegada de deslocados internacionais.
No poder, Meloni promete respeitar as regras orçamentárias da União Europeia e manter a política externa de Mario Draghi, incluindo o apoio incondicional à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
(*) Com Ansa.