O líder do partido de esquerda francês França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, visitou nesta quinta-feira (05/09) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Polícia Federal de Curitiba.
Candidato à presidência da França em 2017, Mélenchon estava acompanhado do ex-ministro Fernando Haddad e afirmou que saiu da visita “alimentado” da “energia do presidente”.
“Conheci ele sindicalista, candidato quatro vezes. Ele continua com a mesma moral indescritível. E eu encontrei, depois de 500 dias de prisão, a mesma força de caráter que conhecia dele”, disse.
Segundo Mélenchon, Lula lhe atualizou de todo o processo que o levou à prisão. O francês ainda afirmou que “todos sabem que o ex-presidente está preso devido a processos políticos”.
“Lula me disse 'essa é minha força. Eu não vivo sozinho. É preciso que cada um, o mais isolado, a mulher ou o homem oprimido, tem que saber que eu não estou sozinho'”.
O francês ainda disse que achou o ex-presidente “muito forte em todos os pontos de vista. Me pareceu estar em boa saúde. Não está desmoralizado, ele agarrou os advogados dele e disse que temos que resistir e temos que lutar. Muito pelo contrário, ele não é um homem abatido”.
Mélechon também presentou Lula com um broche chamado “pequeno triangulo vermelho do primeiro dia 1º de maio francês [que simboliza] oito horas de trabalho, oito horas de liberdade, oito horas de sono”.
Ricardo Stuckert
Jean-Luc Mélenchon e Fernando Haddad visitaram Lula em Curitiba
Avós da Praça de Maio
Em passagem pela Argentina antes de visitar Lula, Mélenchon encontrou Estela de Carlotto, presidente da Avós da Praça de Maio, associação que luta para encontrar crianças desaparecidas sequestradas pelos militares durante a ditadura no país (1976-1983). A ativista lhe pediu para entregar ao ex-presidente Lula o lenço que é símbolo do movimento.
“Querido Lula, as Avós estão com você. Liberdade!”, escreveu Carlotto na peça enviada ao ex-presidente brasileiro. Ao deixar a sede da PF, Mélenchon afirmou ter entregado o presente das argentinas a Lula.
“Querido Lula, as Avós estão com você. Liberdade!”, escreveu Carlotto na peça enviada ao ex-presidente brasileiro (Reprodução)