O líder do PSOE, Pedro Sánchez, comunicou nesta quarta-feira (13/07) ao presidente do Governo interino e candidato do PP, Mariano Rajoy, que o partido votará contra ele caso tente a reeleição. O PP ganhou as eleições de 26 de junho e obteve 137 cadeiras, mas esse número não é suficiente para formar maioria – assim, precisa se coligar com outros partidos.
Rajoy terminou hoje a rodada de contatos que manteve com os diferentes partidos para sondar possíveis apoios a sua escolha como presidente de Governo. No entanto, até agora, não conseguiu nenhum.
Em entrevista coletiva após o encontro, o líder socialista pediu que Rajoy abra “uma negociação séria” para conseguir apoios suficientes e um governo estável, mas advertiu que, “entre os aliados potenciais”, não estão os socialistas, que contam com 85 deputados.
Agência Efe
Mariano Rajoy (esq.) e Pedro Sánchez se encontraram nesta quarta-feira; líder do PSOE diz que não apoia eventual governo do PP
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Sánchez insistiu que o PP, como partido majoritário, tem a “obrigação de garantir uma maioria suficiente para um governo estável”. Embora Sánchez tenha dito a Rajoy que tem “plena disposição” a falar com ele “quantas vezes quiser”, repetiu que “não pode contar” com o PSOE nem para o “governo da grande coalizão” e nem para um “programa de legislatura”.
‘Período de reflexão’
Rajoy disse que, se tiver a certeza de que a votação não irá prosperar, fará um “período de reflexão” para encontrar uma saída. “Eu estou disposto a governar sejam quais forem as circunstâncias”, afirmou, após o encontro com Sánchez.
O PSOE tenta evitar as pressões que se centram no partido para que facilite o governo de Rajoy, depois que o partido Ciudadanos, o mais próximo ideologicamente ao PP, anunciou que votaria contra o candidato do PP na primeira votação e se absteriam na segunda.
Para ser eleito presidente do Governo na Espanha, o candidato deve contar com a maioria absoluta do Congresso (176 cadeiras) na primeira votação e maioria simples (50% + 1) na segunda.
(*) Com Efe