O líder do opositor Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, pediu neste sábado (21/11) que “não se cometam os mesmos erros” ao responder aos recentes atentados terroristas do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
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Corbyn: com o EI, não se pode deixar levar por respostas que alimentem violência e ódio
“Os espantosos atentados em Paris fizeram com que este caso necessite um esforço muito mais urgente para conseguir um acordo negociado na guerra civil da Síria e no final da ameaça do EI”, disse Corbyn, em discurso a correligionários.
Segundo ele, os Trabalhistas apoiariam “qualquer medida necessária” para proteger os cidadãos do Reino Unido, mas disse considerar “vital” em momentos de tragédia evitar se deixe levar ” por respostas que alimentam o círculo de violência e ódio”. “Não vamos deixar os britânicos e este país desprotegidos, mas necessitamos um enfoque diferente da política externa”, considerou.
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Para Corbyn, nas atuais condições, há risco de que o Estado Islâmico se expanda. “O conflito na Síria e as consequências da Guerra do Iraque criam as condições para que o EI prospere e expanda suas regras assassinas”, disse.
As declarações do líder trabalhista vêm no momento em que o premiê conservador David Cameron tenta apoio no Parlamento – onde conta com maioria absoluta – para ampliar a ofensiva britânica contra o Estado Islâmico na Síria.
Para Corbyn, medidas contra o EI que incluam “terreno, destruir o vírus e recuperar corações e mentes” terão que ser do “mundo árabe e muçulmano” e não podem vir de uma intervenção externa.
“Pedimos ao governo que trabalhe com a ONU, por isso deveríamos empregar a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que se aprovou ontem à noite para acelerar medidas em prol de uma solução exaustiva do conflito”, disse. Na sexta (20/11), o Conselho aprovou uma resolução exortando os países a tomarem “todas as medidas necessárias” para agir contra os jihadistas na Síria e no Iraque.
(*) Com Efe