Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy, respectivamente, afirmaram nesta segunda-feira (17/10) entender as reivindicações do movimento dos indignados, expressadas em manifestações no mundo todo.
“Compreendo a frustração e a indignação dos cidadãos da Europa e de outros países”, afirmou Barroso em entrevista após a cúpula social desta segunda-feira em Bruxelas.
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Van Rompuy disse que as preocupações dos manifestantes são legítimas, embora algumas medidas tomadas contra a crise sejam impopulares mas, segundo ele, indispensáveis.
O presidente da Comissão Europeia admitiu que o movimento dos indignados ganhou proporções mundiais, resultado de decisões irresponsáveis e em alguns casos ilegítimas tomadas no setor financeiro.
O presidente da UE destacou que a austeridade é necessária para restabelecer o equilíbrio na economia, mas o mais importante é mostrar resultados concretos gerando empregos.
Van Rompuy disse que as medidas de austeridade devem ser tomadas sem gerar pobreza e de maneira justa na distribuição dos esforços, referindo-se a contribuição do setor financeiro.
Barroso pediu uma contribuição justa de todos os atores, mas foi além ao afirmar que alguns comportamentos do setor financeiro foram merecedores de uma sanção penal. Anunciou também que a Comissão Europeia irá apresentar nesta semana uma proposta neste sentido.
“Não temos nada contra o setor financeiro, queremos que esteja forte pelo bem da economia europeia”, esclareceu Barroso, explicando que o setor deve respeitar normas éticas, e este não foi o caso.
Os líderes europeus “devem dar uma resposta concreta para mostrar que entendemos a mensagem”, disse o presidente da Comissão em alusão às críticas do movimento dos indignados contra o setor financeiro.
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