Atualizada às 13h26
Papa Francisco, Vladimir Putin e Angela Merkel foram alguns dos líderes europeus que se manifestaram condenando o atentado realizado neste domingo (1º/01) em Istambul, no qual morreram 39 pessoas e 69 ficaram feridas. A ação terrorista na Turquia aconteceu às 1h30 (hora local, 20h30 de Brasília) contra a boate Reina, localizada às margens do Estreito de Bósforo, durante uma festa de Ano Novo. Até o momento, o atentado não foi reivindicado.
O Itamaraty também se pronunciou. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou o atentado: “ao reiterar seu firme repúdio a todo ato de terrorismo, qualquer que seja sua motivação, o governo brasileiro manifesta condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da Turquia”, diz o comunicado.
“Peço ao Senhor que apoie todos os homens de boa vontade que fazem frente à praga do terrorismo e a essa mancha de sangue que envolve o mundo com uma sombra de medo e de perda”, disse o líder do Vaticano diante dos 50 mil fiéis que se reuniram na Praça de São Pedro para a celebração do Dia Mundial da Paz.
“Infelizmente, a violência também aconteceu nesta noite de celebração e esperança. Com profunda dor, expresso minha proximidade ao povo turco, minhas preces pelas muitas vítimas e feridos, e por toda a nação em luto”, disse o papa após a oração do Ângelus.
Agência Efe
Parentes das vítimas se emocionam ao conhecer o nome das vítimas
O presidente russo, Vladimir Putin, também emitiu palavras de solidariedade: “é difícil imaginar um crime mais cínico que o assassinato de pessoas pacíficas no apogeu da festa de Ano Novo. Mas, os terroristas são completamente alheios aos conceitos da moral humana”, escreveu o líder em sua mensagem ao presidente turco. Ele reiterou ainda que “o dever comum é repelir decididamente a agressão terrorista”.
Por sua vez, o presidente da França, François Hollande, reafirmou seu apoio à Turquia na luta antiterrorista. Em comunicado divulgado pela presidência francesa, o mandatário denunciou “com força e indignação o ato terrorista” e reafirmou que seu país “continuará a luta implacável contra esta praga (do terrorismo) com seus aliados”.
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chamou de “desumano e traiçoeiro” o atentado realizado neste domingo. “Os terroristas voltaram a atacar seu país”, disse a líder alemã que, além de expressar a Erdogan essa condenação, transmite suas condolências às famílias e pessoas próximas das vítimas.
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O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, escreveu em seu Twitter que o Reino Unido se solidariza com a Turquia após “o ato de terrorismo covarde” em Istambul e pediu aos britânicos na Turquia que sigam as recomendações de segurança das autoridades locais e que estejam atentos enquanto estiverem no país.
Thoughts with #Turkey after cowardly act of terrorism in #Istanbul nightclub attack. We stand shoulder to shoulder with our Turkish friends
— Boris Johnson (@BorisJohnson) 1 de janeiro de 2017
Também pelo Twitter, a alta representante para a Política Externa da UE (União Europeia), a italiana Federica Mogherini, lamentou que o ano de 2017 tenha começado com um atentado. “Continuaremos trabalhando para prevenir estas tragédias”, afirmou. “Nossos pensamentos estão com as vítimas e seus entes queridos”, acrescentou a titular das Relações Exteriores do bloco.
2017 starts with an attack in #Istanbul. Our thoughts are with victims and their loved ones. We continue to work to prevent these tragedies
— Federica Mogherini (@FedericaMog) 1 de janeiro de 2017
Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos condenaram o ataque terrorista em comunicado feito pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ned Price, em comunicado emitido neste domingo.
Ataque
No ataque à boate, onde era celebrada uma festa de Ano Novo, morreram até agora 39 pessoas, entre eles 16 estrangeiros, e outras 69 ficaram feridas, segundo o ministro do Interior da Turquia, Süleyman Soylu.
O clube Reina é um conhecido lugar de lazer da alta sociedade de Istambul e frequentado por celebridades, jogadores de futebol e empresários
O agressor, que segue foragido, primeiramente matou um policial e um civil na porta da boate, antes de entrar no local e abrir fogo contra a multidão, informou o ministro turco.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o atentado busca desestabilizar a Turquia: “estão tentando desestabilizar nosso país e destruir a moral do povo criando o caos. Mas estamos decididos a eliminar estas ameaças em seu ponto de origem”, disse o chefe de Estado.
Cerca de 300 pessoas morreram em 2016 em diferentes atentados cometidos na Turquia pelo Estado Islâmico (EI) ou pela organização armada Falcões da Liberdade de Curdistão (TAK), uma cisão do PKK, a guerrilha curda.
(*) com informações da Agência Efe