A Liga Árabe chegou a um acordo neste domingo (12/02) para pedir ao Conselho de Segurança da ONU a formação de uma força de paz conjunta para a Síria, assim como retirada de seus embaixadores de Damasco e o aumento das sanções econômicas contra o regime de Bashar al Assad.
As decisões foram tomadas em reunião extraordinária entre os chefes da diplomacia da Liga Árabe realizada no Cairo, no Egito, e tem como objetivo buscar uma solução para a crise síria.
Os ministros das Relações Exteriores pedirão ao Conselho de Segurança a criação de uma missão integrada por membros da Liga Árabe e das Nações Unidas que comprove na Síria o cessar-fogo das forças de segurança do regime.
Além disso, deram como encerrada a missão anterior dos observadores árabes, que foi suspensa em 28 de janeiro devido ao aumento da violência na Síria.
Esta decisão coincide com a renúncia do chefe dos observadores, o general sudanês Ahmed Mustafa al Dabi, e o anúncio da proposta de que o ex-ministro das Relações Exteriores jordaniano, Abdelelah al Khatib, assumiria o posto.
Além disso, a organização concordou em aumentar a pressão contra Damasco com a suspensão de “todas as formas de colaboração diplomática”.
Outra medida é intensificar as sanções econômicas e suspender acordos comerciais com o regime sírio, excluindo o que afeta diretamente os cidadãos do país.
Por outro lado, a Liga Árabe se comprometeu a “abrir canais de comunicação com a oposição síria e facilitar todas as formas de apoio político e financeiro” aos rebeldes.
Além disso, os chefes da diplomacia árabe decidiram pedir à oposição que “unifique suas fileiras” e mantenha com a Liga Árabe um diálogo sério nas vésperas de uma conferência internacional sobre a Síria, que será realizada no dia 24 de fevereiro, na Tunísia.
Entre outras decisões da Liga Árabe, está a intenção de ajudar organizações humanitárias internacionais que ajudem o povo sírio, assim como a organização de campanhas de doações e a criação de um fundo internacional.
Desde o início dos protestos contra Assad, em março do ano passado, mais de cinco mil pessoas já morreram vítimas das forças de segurança, segundo números da ONU. O regime, no entanto, acusa grupos terroristas de serem os responsáveis pela violência no país.
(*) com agências
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