Segunda-feira, 19 de maio de 2025
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste domingo (10/09) que seu homólogo russo, Vladimir Putin, poderá participar da próxima cúpula de líderes do G20, que será no Brasil, sem correr risco de ser preso.

Acusado de crimes de guerra, Putin decidiu não participar da encontro em Nova Délhi, na Índia, mesmo que a Rússia seja integrante do grupo.

“A gente gosta de tratar bem as pessoas. Então, acredito que o Putin pode ir facilmente ao Brasil. Eu posso te dizer que, se eu sou o presidente do Brasil e se ele vem para o Brasil, não tem porque ele ser preso”, disse o mandatário em entrevista ao canal indiano Firstpost.

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O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o líder russo em março. E apesar da declaração de Lula em favor de Putin, o Brasil é signatário do tratado que criou o tribunal. 

O presidente brasileiro também ressaltou que o Brasil “é 100% contra a invasão da integridade territorial de qualquer país”.

Brasil recebeu no final da reunião em Nova Délhi a presidência do bloco composto pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia

Wikicommons

Encontro entre Lula e Putin, em 2005

Contra ‘uso da força’ na Ucrânia, mas sem citar Rússia

Na mesma linha de Lula, a declaração final da cúpula de líderes do G20, divulgada neste sábado (09/09) condenou o “uso da força” e as “conquistas territoriais” contra a “soberania de qualquer país”, mas não menciona a Rússia nos parágrafos sobre a guerra. 

“A respeito da guerra na Ucrânia, reiteramos nossas posições nacionais e resoluções adotadas no Conselho de Segurança da ONU e na Assembleia Geral da ONU e salientamos que todos os Estados devem agir de maneira consistente com os propósitos e princípios da Carta da ONU em sua integridade”, diz o documento final. 

A menção à guerra na Ucrânia era um impasse para a declaração final da Cúpula, que recebe tanto países do Ocidente abertamente apoiadores de Kiev, como os Estados Unidos, quanto países neutros como o Brasil, conhecidos aliados de Moscou, como a China, e a própria Rússia, representada pelo chanceler Sergey Lavrov na reunião.

(*) Com Ansa