O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (29/04) que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), de reconhecer a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato, “mostrou a pouca vergonha que foi feita para evitar que eu fosse presidente da República”.
Além do reconhecimento, a entidade internacional também determinou ao governo brasileiro a reparação dos danos causados ao petista. No Twitter, Lula disse que não tem que provar “mais nada”. “Quem tem que provar é quem inventou mentiras contra mim”, acrescentou.
Vamos reeditar uma política de recuperação da decência do povo brasileiro. As pessoas vão ter emprego, trabalhar, e com o seu salário vão sustentar sua família e colocar comida na mesa.
— Lula (@LulaOficial) April 29, 2022
À Rádio Jornal de Pernambuco, o ex-presidente afirmou ainda que a ONU “deu um chute” na “falácia” que teria sido criada pela Lava Jato e que seus acusadores induziram na imprensa brasileira a “acreditar em mentiras”, defendendo que em 2022 as eleições sejam “democráticas”.
A decisão da ONU foi tornada pública nesta quinta-feira (28/04) por meio de um documento emitido em Genebra, na Suíça, sede da organização internacional. O texto determina também que o país deve adotar medidas de prevenção para evitar violações a outros cidadãos brasileiros.
Além disso, estabelece que o governo traduza, publique e divulgue amplamente o conteúdo da decisão, com prazo de 180 dias para a prestação de informações sobre as medidas tomadas neste sentido.
@ricardostuckert/Reprodução
Lula disse que não tem que provar nada, ‘quem tem que provar é quem inventou mentiras contra mim’