O presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, visitará a mandatária brasileira, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (04/12). A viagem ocorre quase uma semana antes de o líder da coalizão opositora Cambiemos tomar posse à frente da Casa Rosada.
EFE
Maurício Macri já anunciara que pretende invocar cláusula democrática contra a Venezuela no Mercosul – algo que Dilma se opõe
Em sua primeira viagem desde que venceu o candidato kirchnerista Daniel Scioli em um segundo turno inédito na história da Argentina, o novo líder conservador será recebido por Dilma no Palácio do Planalto.
Durante a primeira conferência de imprensa após o resultado das eleições em 23 de novembro, Macri já havia antecipado que sua primeira viagem oficial seria ao Brasil. Na ocasião, ele dissera que Brasília é “o principal sócio do futuro” da Argentina.
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Ao comentar suas propostas no âmbito da política externa, Macri declarou também que Buenos Aires precisa fazer “intercâmbios com todos os países do mundo para melhores oportunidades para todos”.
Entre suas próximas medidas, o novo presidente argentino anunciou que irá invocar a cláusula democrática contra Venezuela na próxima Cúpula do Mercosul – prevista para o dia 21 de dezembro em Assunção (Paraguai) — e que proporá ao Congresso a invalidação do memorando de entendimento com o Irã.
Dilma já havia felicitado Macri por sua vitória e o convidou para “trabalharem juntos” em favor de uma relação mais próxima, tanto entre os dois países como no Mercosul. Contudo, nesta semana, ela destacou que a cláusula democrática do bloco “não pode ser usada com base em hipóteses”, que é preciso “haver fatos concretos” no caso venezuelano.