O ex-presidente argentino Mauricio Macri fez uma infeliz declaração na noite desta segunda-feira (14/11), durante um programa esportivo do canal TN, ao ser perguntado sobre quais seleções ele considera como as favoritas para conquistar a Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo fim de semana.
“A Alemanha nunca pode ser descartada, é uma raça superior, que sempre joga até o fim”, disse o empresário, ao apresentador do programa, o jornalista Joaquín Morales Solá.
O comentário despertou polêmica na Argentina e em outros países onde o vídeo de sua entrevista repercutiu, mostrando um Macri que utiliza o mesmo termo utilizado pelo regime nazista durante o governo de Adolf Hitler.
Antes de citar a Alemanha, Macri apontou outros quatro países como candidatos ao título no Catar: Argentina, Brasil, Portugal e França.
Veja a declaração de Macri sobre os favoritos da Copa no vídeo abaixo (o trecho em que fala sobre a Alemanha está no minuto 1’15):
Reprodução YouTube
Maurício Macri durante programa esportivo na Argentina
Ao ser perguntado sobre se um possível título da Argentina poderia ser usado politicamente pelo governo de Alberto Fernández – ao qual o seu setor político faz oposição –, o ex-presidente argentino disse que “o futebol é dos argentinos, se formos campeões do mundo será uma festa para os argentinos e ninguém deve se importar com o que o governo vai fazer”.
Macri também cutucou o governo de Fernández ao acusá-lo de ter tentado “se apropriar do funeral do nosso maior ídolo e salvador, Diego Armando Maradona”.
Contudo, a verdade é que Maradona sempre foi uma figura ligada à esquerda argentina e latino-americana, e conhecido por ser um apoiador fiel do kirchnerismo. Na última eleição presidencial da Argentina, em 2019, apoiou abertamente a candidatura de Fernández.
Além disso, Maradona sempre foi um crítico feroz de Macri, não só durante seu mandato como mandatário da Argentina, mas também durante seu período em que o empresário presidiu o Boca Juniors, clube do coração do craque portenho.