Terça-feira, 15 de julho de 2025
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O ex-presidente argentino Mauricio Macri fez uma infeliz declaração na noite desta segunda-feira (14/11), durante um programa esportivo do canal TN, ao ser perguntado sobre quais seleções ele considera como as favoritas para conquistar a Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo fim de semana.

“A Alemanha nunca pode ser descartada, é uma raça superior, que sempre joga até o fim”, disse o empresário, ao apresentador do programa, o jornalista Joaquín Morales Solá.

O comentário despertou polêmica na Argentina e em outros países onde o vídeo de sua entrevista repercutiu, mostrando um Macri que utiliza o mesmo termo utilizado pelo regime nazista durante o governo de Adolf Hitler.

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Antes de citar a Alemanha, Macri apontou outros quatro países como candidatos ao título no Catar: Argentina, Brasil, Portugal e França.

Veja a declaração de Macri sobre os favoritos da Copa no vídeo abaixo (o trecho em que fala sobre a Alemanha está no minuto 1’15):

Ex-presidente argentino participou de programa esportivo e defendeu a equipe germânica como uma das favoritas para o torneio do Catar

Reprodução YouTube

Maurício Macri durante programa esportivo na Argentina

Ao ser perguntado sobre se um possível título da Argentina poderia ser usado politicamente pelo governo de Alberto Fernández – ao qual o seu setor político faz oposição –, o ex-presidente argentino disse que “o futebol é dos argentinos, se formos campeões do mundo será uma festa para os argentinos e ninguém deve se importar com o que o governo vai fazer”.

Macri também cutucou o governo de Fernández ao acusá-lo de ter tentado “se apropriar do funeral do nosso maior ídolo e salvador, Diego Armando Maradona”.

Contudo, a verdade é que Maradona sempre foi uma figura ligada à esquerda argentina e latino-americana, e conhecido por ser um apoiador fiel do kirchnerismo. Na última eleição presidencial da Argentina, em 2019, apoiou abertamente a candidatura de Fernández.

Além disso, Maradona sempre foi um crítico feroz de Macri, não só durante seu mandato como mandatário da Argentina, mas também durante seu período em que o empresário presidiu o Boca Juniors, clube do coração do craque portenho.