Durante a cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos da Assembleia Nacional da Venezuela, nesta segunda-feira (09/01), o presidente Nicolás Maduro manifestou sua solidariedade ao colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelos ataques ocorridos em Brasília no dia anterior, promovidos por grupos bolsonaristas que tentavam dar um golpe de Estado.
O mandatário sul-americano disse que seu gesto de fraternidade se estendia à todo o povo brasileiro, e acrescentou que o ocorrido na capital brasileira “reforça a necessidade de uma união da América Latina contra a extrema direita”.
“Essa extrema direita pró-imperialista pretende cortar as mãos do povo, para que não se iniciem os processos de mudança necessários para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das trabalhadoras da América Latina e do Caribe”, ressaltou Maduro.
O líder bolivariano completou a reflexão falando sobre as intenções dos grupos bolsonaristas na ação deste domingo (08/01). “Frear os processos de mudança em nosso continente, esse era o objetivo do assalto ao poder no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, e mais além”, concluiu.
Presidência da Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
Autocrítica dos Estados Unidos
Maduro também enfatizou, durante a cerimônia, que os Estados Unidos “fracassaram em sua estratégia de acosso permanente à Venezuela”.
“A política trumpista contra a Venezuela, as ações de agressão aos poderes públicos, de nomear presidente, nomear uma Assembleia Nacional paralela, nomear um Poder Judiciário no exterior, tentando forçar uma mudança de governo, tudo isso falhou”, afirmou o mandatário.
Segundo o presidente sul-americano, a estratégia norte-americana “esbarrou na poderosa realidade do funcionamento republicano das instituições democráticas da Venezuela, como tem sido demonstrado e continuará a ser demonstrado a partir de agora”.
Para terminar, Maduro fez um desafio à Casa Branca. “O império estadunidense e seus representantes na Venezuela não têm a menor vergonha de fazer autocrítica, uma retificação, dizer ‘estávamos errados, fomos derrotados na Venezuela’”, instou.
(*) Com TeleSUR.