Boris Berezovsky, magnata russo e ex-autoridade do Kremlin que acabaria se tornando um dos críticos mais ferozes do atual presidente Vladimir Putin, morreu em Londres neste sábado (23/03), afirmam agências de notícias russas, citando parentes e um advogado.
A agência Interfax citou como fonte um parente, que não teve o nome revelado, dizendo que Berezovsky, de 67 anos, exilado no Reino Unido, foi encontrado morto em sua casa no condado de Surrey, nos arredores de Londres. O veículo também citou um advogado russo de Berezovsky, Alexander Dobrovinsky, como tendo confirmado a morte.
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Ainda não se sabe a causa da morte do oligarca, como são conhecidos os empresários russos que fizeram grandes fortunas no país, principalmente durante o programa de privatização que se deu após o colapso da União Soviética. Ele fez sua fortuna na década de 1990 vendendo carros Mercedes importados e automóveis produzidos na Rússia. Como proprietário da empresa petrolífera Sibneft e acionista majoritário do principal canal de TV russo, Berezovsky apoiou a ascensão de Boris Yelstin à presidência do país.
Em 2011, o magnata perdeu uma ação judicial contra o ex-parceiro comercial e proprietário do time de futebol Chelsea, Roman Abramovich. Na ação, na qual pediu uma indenização de 3 bilhões de libras (cerca de R$9,1 bilhões), Berezovsky alegou ter sido intimidado a vender suas ações na empresa petrolífera Sibneft.
No Brasil, Berezovsky chegou a ter sua prisão decretada em 2007 por suposto envolvimento com a empresa MSI, que teve sociedade com time do Corinthians. O empresário era acusado de ter o controle financeiro da MSI, que tinha sede em Londres e era representada no Brasil por Kia Joorabchian. A conexão entre Berezovsky e MSI foi investigada pela Interpol e, em julho de 2007, o Ministério Público pediu a prisão do empresário pela acusação de lavagem de dinheiro.