Milhares de bolivianos se concentraram nesta quarta-feira (22/01) em diversas cidades da Bolívia para celebrar o aniversário do Estado Plurinacional e reiterar o apoio ao candidatos do Movimento ao Socialismo (MAS) para as próximas eleições presidenciais.
Membros de movimentos sociais, cocaleros e autoridades se mobilizaram com bandeiras Wiphala, símbolo dos povos originários, e rechaçaram o governo interino de Jeanine Áñez. De acordo com o jornal La Rázon, a gestão da autoproclamada presidente colocou 70 mil policiais e militares nas ruas para que fossem realizadas patrulhas nas manifestações.
O periódico afirmou ainda que ativistas do MAS, de várias regiões da Bolívia, também se manifestaram. Alguns se encontraram na vigília em frente a embaixada do México em La Paz e seguiram em uma marcha em direção à praça Murillo.
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O dia do Estado Plurinacional, feriado nacional na Bolívia, comemora a nova Constituição boliviana firmada em 2009, no governo do ex-presidente Evo Morales, forçado a renunciar à presidência no dia 10 de novembro do ano passado após um golpe de Estado.
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Manifestantes celebram dia do Estado Plurinacional, data que foi firmada a nova Constituição da Bolívia
Da Argentina, onde está exilado, Morales enviou um vídeo felicitando os bolivianos que se encontravam em Cochabamba, centro da Bolívia, e pediu unidade aos manifestantes que o apoiaram nos 14 anos em que esteve à frente da presidência boliviana.
Na mensagem, o ex-presidente afirmou que, após o golpe de Estado, a Bolívia deixou de ser um “país próspero com estabilidade e crescimento” para se tornar outro que tem “assassinatos, perseguições e censura”.
“Passamos de um país próspero com estabilidade e crescimento a um local de assassinato, perseguição e censura. Eles matam, prendem e silenciam qualquer um que discorde do plano de voltar aos velhos anos do neoliberalismo”, disse.
Morales ainda afirmou que Áñez tentar “acabar” com todas as conquistas de seu governo e disse que “quando afetamos os privilégios de quem tem tudo, daqueles que sentem que possuem um país, estão dispostos a fazer tudo. Eles não têm Pátria, eles têm bolsos”.
“Deram um golpe sangrento, feriram nossa Constituição, nossa democracia e nosso povo. Mas seguimos de pé e vamos continuar”, concluiu Evo Morales.
(*) Com teleSur.