A missão de senadores brasileiros que foi à Venezuela para visitar líderes opositores do país foi cercada por manifestantes logo após deixar o aeroporto de Maiquetía, em Caracas, na tarde desta quinta-feira (18/06). Enquanto o veículo esteve parado no trânsito, um grupo aproveitou para protestar contra a presença deles no país. No momento, a comissão está no aeroporto decidindo se retorna ou não ao Brasil.
Ao chegar ao país, por volta do meio-dia, a comitiva integrada pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Filho (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC) se reuniu com Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, Mitzi Capriles, de Antonio Ledezma, e Patricia de Ceballos, de Daniel Ceballos, além da deputada cassada María Corina Machado.
Reprodução/Twitter
María Corina Machado recepciona senadores brasileiros em Caracas
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Na via de saída do aeroporto, a comitiva ficou parada no trânsito e foi abordada por manifestantes. Após conseguirem se desvencilhar, pararam novamente por conta de uma avenida fechada – segundo o governo venezuelano, a extradição de um colombiano provocou o impedimento da via. Assim, decidiram voltar a Maquietía.
María Corina, considerada da ala mais radical da oposição, disse que a visita é “histórica”. Ela ressaltou que se trata de uma missão inédita no país e ressaltou “a coragem e iniciativa da comissão”. Ela aproveitou para criticar o governo brasileiro que acusa de “cumplicidade” com o governo do presidente Nicolás Maduro.
A comitiva entrou em contato com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para que este contatasse o chanceler Mauro Vieira e cobrasse uma posição da presidente Dilma Rousseff sobre o caso. Em nota, a assessoria de Calheiros disse que o presidente do Congresso Nacional “repudia e abomina os acontecimentos narrados e vai cobrar uma reação altiva do governo brasileiro quanto aos gestos de intolerância narrados”. Segundo ele, “as democracias verdadeiras não admitem conviver com manifestações incivilizadas e medievais. Eles precisam ser combatidos energicamente para que não se reproduzam.”
Cansados de esperar, senadores, saímos da van para esticar as pernas. Sem almoçar, tomamos refrigerantes para aguentar o calor insuportável.
— Aloysio Nunes (@Aloysio_Nunes) 18. Juni 2015