Milhares de pessoas se reuniram neste sábado (14/01), na cidade norte-americana de Nova York, para exigir o fim da participação dos Estados Unidos no conflito na Ucrânia e impedir a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Os manifestantes se reuniram na Times Square e marcharam pelo centro de Manhattan entoando slogans contra o militarismo dos Estados Unidos e da União Europeia.
Outra demanda das organizações envolvidas é a de que os bilhões de dólares que hoje lubrificam a máquina de guerra sejam destinados à educação, saúde, emprego e outras necessidades da população.
Os principais organizadores do ato foram a Answer Coalition e o The People's Forum. Também participaram outros coletivos, como Veterans for Peace, CodePink, Party for Socialism and Liberation, United National Anti-War Coalition, Haiti Liberté, Rising Together, Peace in Ukraine Coalition, NYC-DSA Anti- War Working Group e Massachusetts Peace Action.
O diretor nacional da Answer Coalition, Brian Becker, afirmou que diferentes governos norte-americanos promoveram por décadas uma política que tornou o conflito na Ucrânia praticamente inevitável.
Twitter / Answer Coalition
Manifestantes em Nova York protestam contra as ações militares dos Estados Unidos e da Otan
“A expansão da OTAN na Europa Oriental, a retirada dos Estados Unidos dos principais tratados de controle de armas e a perspectiva de a Ucrânia ser um palco para os sistemas avançados de armas da OTAN abriram o caminho para este conflito”, analisou Becker.
As faixas presentes no ato exigiam paz para a Ucrânia, a dissolução da OTAN, o fim da política intervencionista dos Estados Unidos e a eliminação de suas medidas restritivas unilaterais contra Cuba, Venezuela e outros Estados, entre outros temas.
A marcha também foi organizada para evocar o legado antiguerra de Martin Luther King, conhecido ativista pelos direitos humanos, ao relembrar a mobilização nacional que ele organizou pouco antes de sua morte, em repúdio ao militarismo, o racismo e a pobreza, que ele considerava os três principais males sociedade norte-americana.
(*) Com TeleSUR.