Centenas de manifestantes em Hong Kong promoveram nesta terça-feira (05/08) uma greve geral e ocuparam áreas do aeroporto local, levando ao cancelamento de uma centena de voos.
Parques, praças, ruas, estações de trem e metrô também foram tomadas pelos participantes dos protestos. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, concentrada em cinco do setes distritos.
A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, afirmou que a “atitude intransigente dos jovens radicais” gera uma “situação muito perigosa”. “Eu diria que os manifestantes estão tentando derrubar Hong Kong, destruir por completo a vida de mais de sete milhões de pessoas”, criticou.
A greve geral de hoje é um dos maiores atos contra a China desde o início dos protestos, em junho. Por semanas e pelo terceiro dia consecutivo, centenas de pessoas saem às ruas para pedir mudanças no governo do território autônomo e, no último fim de semana, houve manifestações com adesão de funcionários públicos.
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Polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão
A crise começou devido à possibilidade da aprovação de uma lei – atualmente suspensa – que permitiria a extradição de condenados para a China continental.
Somente hoje, ao menos 82 pessoas foram presas por participação na greve e nos protestos. Em coletiva de imprensa, a polícia informou que, desde 9 de junho, 420 pessoas foram detidas sendo que 50 delas foram oficialmente indiciadas por algum crime.
*Com Ansa