Estudantes universitários, secundaristas e trabalhadores de diversas categorias foram às ruas do Brasil nesta quarta-feira (15/05) para protestar contra os cortes orçamentários anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nas universidades federais, nas bolsas de pesquisa e em instituições de ensino básico.
Um dos primeiros atos do Dia Nacional de Greve na Educação foi realizado pelos estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC). Por volta das 7h, eles ocuparam com cadeiras o cruzamento da Avenida da Universidade com a Avenida 13 de Maio, no bairro do Benfica, próximo à reitoria da universidade.
Mais tarde, professores e trabalhadores da educação se concentraram na Praça da Bandeira e saíram em marcha pelo centro da capital cearense. Grupos culturais da cidade, como o Maracatu Solar, também participam das manifestações. Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas estiveram presentes na manifestação.
Em São Paulo, uma concentração se iniciou em frente ao MASP, na Avenida Paulista, às 14h. Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) promoveram um “trancaço” na Avenida Francisco Morato, importante corredor da zona oeste próximo ao campus da Cidade Universitária, na capital paulista.
Em adesão à Greve Nacional da Educação, trabalhadoras e trabalhadores do setor marcharam pelo centro de São Bernardo do Campo, onde criticaram as políticas de retrocessos de Bolsonaro e das gestões municipal e estadual de Bruno Covas e João Dória, ambos do PSDB.
No interior do estado estão sendo articulados protestos. Em Sorocaba, estudantes e profissionais da educação, mobilizados desde às 8h, realizaram atos unificados com comunidades da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo Carlos (Ufscar) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo.
Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) também realizaram manifestações na cidade de Catalão e Anápolis onde alunos e trabalhadores do Instituto Federal de Goiás (IFG) protestaram contra os cortes na Educação.
Em Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, alunos e professores se concentraram na Praça da Estação. No interior do estado, milhares de estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV) caminharam até o campus da universidade para alertar a população contra os prejuízos dos cortes na Educação. Governador Valadares também registrou protestos: “tira a mão do meu Instituto Federal”, diziam os alunos. Os organizadores também contabilizam 100 mil participantes.
Cerca de 50 mil pessoas, estimados pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), realizaram um ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Estudantes da Universidade de Brasília (UNB), professores e servidores carregavam cartazes e faixas contra os cortes na educação.
Na zona sul do Rio de janeiro, professores, estudantes e trabalhadores realizam uma aula pública com o tema “Uma Breve História da Educação Brasileira” no Largo do Machado.
Norte e nordeste
Em Manaus, centenas de pessoas se manifestaram em defesa da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O ato teve início às 7h e seguiu com caminhada dos estudantes e professores pela cidade.
Em Salvador, estudantes da Universidade Federal da Bahia também se manifestaram contra os cortes na educação e rechaçaram os ataques do presidente Bolsonaro às áreas de sociologia e filosofia.
Em Teresina, no Piauí, alunos, professores e representantes de movimentos sociais percorreram, desde às 08h, as ruas do centro da capital piauiense em defesa da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI). O ato teve início em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e caminhou até a Avenida Frei Serafim.
Mais de 10 mil pessoas participaram das mobilizações em João Pessoa, na Paraíba. A concentração se iniciou no Lyceu Paraibano de onde os manifestantes caminharam até o Ponto Cem Reis.
Estudantes e profissionais da educação também aderiram à greve geral do setor e realizam ato em frente ao Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), em Maceió, no estado de Alagoas. Além da defesa das universidades e institutos federais, o protesto também faz críticas à proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.
França
Estudantes, pesquisadores e professores brasileiros organizaram um protesto em Paris, em solidariedade à greve que acontece em 26 universidades brasileiras. Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação, com cartazes coloridos que traziam frases de oposição aos cortes de verbas na educação.
Cuiabá (CUT Brasil)
(*) Com Rede Brasil Atual
Mídia Ninja
Protesto no Masp, em São Paulo contra os cortes na educação.