O partido Movimento ao Socialismo confirmou na noite desta terça-feira (03/02) o registro da candidatura do ex-presidente da Bolívia Evo Morales ao Senado pelo estado de Cochabamba.
A informação foi confirmada pelo dirigente cocalero Leonardo Loza em coletiva realizada em La Paz. O partido e o próprio ex-mandatário haviam denunciado tentativas do governo da presidente interina Jeanine Áñez de impedir que Evo se candidatasse.
Na última semana, o governo chegou a prender Patricia Hermosa, advogada de Evo e sua representante legal na Bolívia que apresentaria sua candidatura ao cargo de Senador.
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Outro dirigente do MAS, Wilfredo Chávez, também sofreu perseguições por parte da polícia e foi obrigado a se refugiar na embaixada da Argentina em La Paz, país no qual o ex-presidente Morales está asilado desde o golpe de Estado que forçou sua renúncia em 10 de novembro de 2019.
Reprodução
Ex-mandatário havia denunciado tentativas do governo da presidente interina Jeanine Áñez de impedir sua candidatura
MAS quer a presidência
O MAS apresentou o ex-ministro da Economia Luiz Arce como candidato à presidência do país, ao lado do ex-chanceler David Choquehuanca com postulante à vice-presidência.
Além da chapa presidencial, ex-funcionários do governo de Morales também concorrem a cargos nas eleições que serão realizadas no dia 3 de maio. O ex-chanceler Diego Pary busca uma vaga no Senado por Potosí, e a prefeita de Vinto, Patricia Arce, brutalmente hostilizada durante os meses que antecederam o golpe, concorre a uma vaga no Legislativo por Cochabamba.