A posse de Aloizio Mercadante como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta segunda-feira (06/02), foi marcada por presenças ilustres e por um discurso que ressalta o fato de que a instituição deve retomar o rumo que seguia nos anteriores governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Não por acaso, duas das principais presenças na cerimônia foram as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff. O terceiro convidado ilustre foi o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em seu discurso de posse, Mercadante ressaltou que, neste terceiro mandato de Lula, o BNDES terá um papel central em projetos de fomento à reindustrialização e diversificação da economia do país.
“Um banco de investimento precisa ter visão de longo prazo, e uma das dimensões importantes para um projeto são as exportações. Não apenas commodities agrícolas. O Brasil é a fazenda do mundo, mas não pode ser só isso. Produtos industriais de alto valor agregado são essenciais para o desenvolvimento”, comentou o novo presidente do banco.
Ricardo Stuckert
Posse de Mercadante no BNDES contou com a presença do presidente Lula e do vice-presidente Alckmin
Mercadante não fugiu do tema dos investimentos realizados pelo BNDES em outros países, constante alvo de críticas de setores políticos de direita. O economista defendeu o papel do banco de financiar a exportação de produtos e serviços brasileiros a outros países.
“O nosso desenvolvimento passa pela integração da América Latina e pela parceria com os países do Sul global. O Brasil é grande e será ainda maior ao atuar em conjunto com os seus vizinhos”, enfatizou Mercadante, que é doutor em Economista pela Universidade de Campinas (Unicamp).
O BNDES do terceiro mandato de Lula também será mais rigoroso em estabelecer maiores exigências sobre ações ambientalmente responsáveis dos seus parceiros e o fomento ao chamado “crescimento verde”, segundo as palavras do novo presidente da instituição.
“O BNDES precisa apoiar a transição justa para a economia de baixo carbono. Não existirá futuro sem preservar a Amazonia e outros biomas”, argumentou Mercadante.