Um mês após as eleições legislativas alemãs, a chanceler Angela Merkel foi reeleita hoje pelo Parlamento federal para um segundo mandato, desta vez à frente de uma coalizão de governo de centro-direita. Ontem (27), Merkel anunciou reduções de impostos sem redução da despesa pública para apoiar a recuperação da economia.
Arno Burgi/EFE
Merkel obteve 323 votos a favor, frente a 285 contra e quatro abstenções. No total, votaram 612 dos 622 deputados que formam o novo Bundestag (Câmara Baixa alemã). Do total de deputados do novo Bundestag, que foi constituído ontem, 332 correspondem à coalizão entre a União Democrata-Cristã (CDU) e sua ala bávara, a União Social-Cristã (CSU), mais o Partido Liberal (FDP).
Após seu primeiro mandato à frente de uma grande coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), Merkel governará agora com seu aliado natural do FDP, cujo líder, Guido Westerwelle, ficará no cargo de vice-chanceler e ministro de Assuntos Exteriores. Westerwelle será o primeiro chefe de diplomacia europeu que reivindica sua homossexualidade publicamente.
Os liberais terão outros quatro ministérios (Economia, Saúde, Cooperação e Ajuda ao Desenvolvimento e Justiça), a CSU terá três (Defesa, Trânsito e Obras Públicas, e Agricultura), enquanto a CDU terá os outros sete, além da Chancelaria.
Economia
O cargo de maior relevância será o de ministro das Finanças, que será ocupado pelo até então ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, da CDU, já que o ponto mais importante do pacto de coalizão entre as três formações diz respeito à parte fiscal e às reduções de impostos, como fórmula para combater a crise.
Merkel apresentou sábado (24) as linhas mestras do programa de governo baseadas numa redução acentuada da carga fiscal, repartida entre empresas e consumidores, que deverá representar uma perda de receitas da ordem dos 24 mil milhões de euros.
De acordo com dados da OCDE (Organizaçõa para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a taxa de desemprego na Alemanha deve ser de 11,8% até o final de 2010. A porcentagem em setembro era de 7,7%, segundo o Eurostat (Agência Europeia de Estatísticas).
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