O México confirmou a morte de mais quatro pessoas que contraíram a gripe suína, elevando para 12 o total de vítimas fatais no país. O número de casos subiu para 260 e o presidente Felipe Calderón pediu que a população fique em casa entre os dias 1º e 5 de maio, período que compreende desde o feriado do Dia do Trabalho até um feriado local.

Nos Estados Unidos, o combate à doença já está sendo feito em ritmo de pandemia, embora a OMS (Organização Mundial da Saúde) não tenha decretado o nível 6 (máximo) de alerta – decretou nível 5. Há centenas de colégios fechados, planos de contingência nas empresas e desenvolvimento de vacina.

O diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), Richard Besser, informou hoje que o vírus, que se propaga pelo país, já foi detectado em 11 estados, com 109 pacientes infectados. Lá foi registrada a primeira, e única até agora, morte fora do México: um bebê mexicano de 1 ano e 11 meses, que morreu no estado do Texas.

“Conforme avançamos na busca, encontraremos mais casos, mais graves e severos”, disse. Ele informou também que, assim que for identificada a variante do vírus, uma vacina começará a ser produzida. “Há centenas de pessoas trabalhando contra o relógio para achar uma resposta”.

Hoje, 298 colégios permaneceram fechados nos Estados Unidos, deixando cerca de 176 mil estudantes sem aula.

No Brasil, 42 pacientes são monitorados em hospitais de referência em 12 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Saúde, quatro casos suspeitos foram confirmados, um em São Paulo e três em Minas Gerais.

Mudança de nome

Para evitar estigmas, a OMS mudou o nome da gripe suína para gripe AH1N1. O diretor-adjunto da instituição, Keiji Fukuda, disse que o organismo tomou essa decisão porque o vírus está se transformando em humano, e também para evitar preconceitos.

“Estávamos recebendo relatos de que em alguns lugares os porcos estavam sendo sacrificados, e isso não é bom. Os animais não são os culpados do que está acontecendo”, afirmou o diretor.

H1N1 é a denominação para a gripe estacional, e A se refere ao tipo de gripe humana que tende a se transformar em pandemia.

Fukuda explicou que, para substituir a denominação original, vários nomes estavam sendo sugeridos, a maioria com relação a uma região geográfica específica, “o que estava criando uma grande confusão, por isso, decidimos colocar um que não crie estigmas para ninguém”.

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